quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015



"- A vida não passa de uma viagem de regresso a casa. A grandeza, enquanto ser humano, é simplesmente a descoberta dos dons que perdeste ao crescer. Viver a tua melhor vida é apenas recapturar aquilo de que abdicaste.
Em criança, estavas ciente de todos os teus dons. Eras inocente e puro. Eras profundamente criativo e loucamente motivado. A tua imaginação não tinha limites e os teus sonhos eram infinitos. Confiavas nas outras pessoas e tinhas fé em ti próprio. Não tinhas esta necessidade que nós, adultos, temos: a necessidade de perceber tudo. Exprimias a tua essência mais verdadeira enquanto pessoa, sem medo de repreensões, e deixavas a tua luz brilhar livremente. Vivias cada instante em pleno e saboreavas cada pequenina dádiva que a vida nos dá com tanta regularidade. Adoravas flocos de neve e aranhas, cantar e sonhar, um belo abraço e uma chávena fumegante de chocolate quente. O mundo era fértil, um espaço de infinitas possibilidades e um parceiro pronto a ajudar-te a ter verdadeiro êxito. Mas, depois, aconteceu qualquer coisa.
 - O quê?
 - Bom, para ser franco e ir directo ao assunto, cometeste um crime. Aliás, cometeste o crime mais sério que qualquer ser humano pode cometer. Começaste a trair-te a ti próprio. Desonraste o teu ser verdadeiro, em prol das crenças da tua tribo.
 - A minha tribo?
 - Sim. A sociedade é a tua tribo. Começaste a adoptar as crenças das outras pessoas sobre o funcionamento do mundo e a natureza do teu papel dentro dele. Calaste os teus sentimentos belos e começaste a viver dentro da tua mente, passando os dias a racionalizares tudo, a julgares e a preocupares-te, em vez de te divertires, dançares e brincares. O teu objectivo tornou-se agradar aos outros: pensares, agires e comportares-te de uma maneira, não da tua eleição, mas da eleição das pessoas que te rodeiam, tais como os teus pais, professores e amigos. E, assim, o processo de socialização tomou conta de ti e a tua magnificência pessoal começou a ocultar-se. Fazias o que te mandavam, agias de acordo com as instruções que te davam e pensavas da maneira que as pessoas te ensinavam a pensar." - Robin Sharma

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