domingo, 1 de março de 2015



"Como seria vantajoso acostumarmo-nos, tanto nas coisas pequenas como nas mais importantes, a nomear as coisas, os factos, as situações e as emoções directamente, sem rodeios, tal como são.
Que significa actualmente a palavra «amor», uma palavra tão usada, exagerada, deturpada e desvalorizada, se é que ainda conserva algum significado?
Não me refiro a precisões mas a definições.
Definir o amor é esclarecer do que falo quando pronuncio a palavra amor e também do que não falo quando a menciono.
Quando falo de amor, não me refiro, por exemplo, a estar apaixonado.
Quando falo de amor, não me refiro a sexo.
Não me refiro a emoções que só existem em livros.
Não me refiro a prazeres reservados aos mais requintados.
Não me refiro a grandes coisas.
Refiro-me a uma emoção que é passível de ser vivida por qualquer um.
Refiro-me a sentimentos simples e verdadeiros. Refiro-me a vivências transcendentes, mas não sobre-humanas.
Refiro-me ao amor como a capacidade de querer muito a alguém (e digo querer não no sentido etimológico, que o assemelha à posse, mas no sentido afectivo do termo)." - Jorge Bucay

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