segunda-feira, 2 de março de 2015



"Parece mentira, mas no mundo quotidiano da nossa sociedade ocidental urbana, a maioria das pessoas vive mais tempo a ocupar-se daqueles que não lhes importam do que dos dizem amar de todo o coração. Costumamos passar mais horas dos nossos dias a tentar agradar a gente que não nos interessa do que a tratar de agradar às pessoas que mais amamos.
E isto, para além de irritante... é uma necessidade.
O melhor exemplo da nossa pior loucura.
Uma coisa é dedicarmos uma parte da nossa atenção aos negócios e mantermos uma relação cordial com gente que não conhecemos e que não é importante para nós; outra é a proposta perversa do sistema que nos sugere vivermos em função deles.
É humano avalizar que cada um de nós trate de canalizar o pouco tempo de que dispõe para o colocar prioritariamente ao serviço dos vínculos que construiu com as pessoas que mais ama; é humano pedir que façamos o que estiver ao nosso alcance para termos mais tempo de partilha com aqueles que caminham na mesma direcção que nós e ao mesmo ritmo.
Inumano seria exigir o contrário." - Jorge Bucay

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