quarta-feira, 8 de abril de 2015



"Quanto aos viajantes mais afoitos, os mochileiros e errantes, eu ainda não conhecera nenhum que tivesse mesmo atravessado a fronteira para Angola.
Apesar de o mundo conhecido ser muito visitado e locais distantes figurarem no itinerário dos turistas (Butão, as Maldivas, o delta do Okavango, a Patagónia), há sítios onde não vai nenhum estrangeiro. Os ricos viajam para pistas distantes, em África, em aviões fretados, com os seus próprios guias e chefs gourmet. Os outros viajam em grupo ou andam ao acaso, de mochila às costas. Todavia, há locais que não se vêem, inacessíveis ou demasiado perigosos. Muitos trilhos no mato não levam a parte nenhuma. E alguns países estão encerrados até ordem em contrário. A Somália, numa situação de anarquia, não é itinerário para ninguém excepto para os traficantes de armas. O Zimbabwe, uma tirania, não é hospitaleiro. E outros - o Congo é um bom exemplo - não têm estradas dignas deste nome." - Paul Theroux

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