domingo, 14 de junho de 2015



"A sua abertura a novas experiências implica que desista da ideia de que é melhor tolerarmos algo que nos é familiar do que trabalharmos para mudar, porque a mudança está repleta de incerteza. Talvez você tenha adoptado a postura de que o seu eu (você) é frágil e facilmente estilhaçado se entrar em áreas onde nunca esteve antes. Isso é um mito. Você é uma torre de força. Não vai ruir ou partir-se aos bocados se se deparar com algo novo. Na verdade, você tem muito mais hipóteses de evitar o colapso psicológico se eliminar alguma da rotina e monotonia da sua vida. O tédio enfraquece e é psicologicamente doentio. Ao perder o interesse pela vida, você torna-se vulnerável. Se acrescentar um bocadinho de incerteza picante à sua vida, não optará pelo lendário esgotamento nervoso.
Você pode igualmente ter adoptado a mentalidade do «se é fora do vulgar, devo manter-me afastado», a qual inibe a sua abertura a novas experiências. Assim, se vê deficientes auditivos a utilizarem linguagem gestual, observa-os com curiosidade mas nunca tenta conversar com eles. Da mesma forma, quando você se depara com pessoas que falam uma língua estrangeira, em vez de tentar percebê-las e comunicar com elas de alguma forma, muito provavelmente afasta-se delas, evitando a grande quantidade de desconhecido que comunicar numa língua que não a sua implica. Há inúmeras actividades e pessoas consideradas tabu só porque são desconhecidas. Assim, homossexuais, travestis, deficientes motores e mentais, nudistas, etc., entram na categoria do obscuro. Você não sabe bem como agir, portanto opta por ignorá-las por completo. Também pode acontecer que você acredite que tem de haver uma razão para se fazer algo; de contrário, qual é a lógica de o fazer? Tudo isso são cantigas! Você pode fazer aquilo que quiser porque deseja fazê-lo, sem que haja outro motivo qualquer. Não precisa de ter uma razão para tudo o que faz. Procurar um motivo para tudo é o tipo de raciocínio que o impede de ter novas e excitantes experiências. Quando você era pequeno, conseguia estar a brincar com um gafanhoto durante uma hora, sem qualquer razão a não ser gostar de o fazer. Ou então subia ao topo de uma colina, ou fazia uma viagem exploratória à floresta. E porquê? Porque sim. No entanto, em adulto, tem de arranjar uma boa justificação para as coisas. Esta paixão pelas razões impede-o de se expandir e de crescer. Mas que felicidade, saber que nunca mais tem de se justificar por nada e a ninguém, inclusive a si próprio.
Emerson, a 11 de Abril de 1834, fez a seguinte observação, que anotou no seu diário:
«Quatro cobras, deslizando para dentro e para fora de um buraco, sem qualquer objectivo de que me tenha apercebido. Não era para comer. Não era para amar... Estavam simplesmente a deslizar.»
Você pode fazer o que quiser só porque quer, sem qualquer outro motivo. Este tipo de raciocínio vai abrir-lhe novos horizontes de experiências e ajudá-lo a eliminar o medo do desconhecido que você pode ter adoptado como estilo de vida." - Wayne Dyer

Sem comentários:

Enviar um comentário