segunda-feira, 22 de junho de 2015



"Em essência, como é simples a vida, e como a complicamos! A vida torna-se complexa, mas não sabemos ser simples com ela. A complexidade tem de ser abordada com simplicidade, porque, de contrário, nunca chegaremos a compreendê-la. Sabemos demais, e é por isso que a vida nos foge; e esse demais é tão pouco. Com esse pouco nos encontramos com o imenso; e como poderemos nós medir o imensurável? A nossa vaidade torna-nos indiferentes, a experiência e o conhecimento aprisionam-nos, e as águas da vida passam por nós. O amor não é complexo, mas a mente torna-o complexo. Funcionamos demasiado com a mente, mas não conhecemos os caminhos do amor. Conhecemos os caminhos do desejo e da vontade de desejo, mas não conhecemos o amor. O amor é chama sem fumo. Estamos demasiado familiarizados com o fumo; ele enche as nossas cabeças e corações, e a nossa visão está obscurecida. Não somos simples no encontro com a beleza da chama; torturamo-nos com ela. Não vivemos com a chama, acompanhando-a com agilidade aonde quer que ela nos conduza. Sabemos demasiado, o que é sempre escasso, e, com isso, queremos abrir caminho para o amor. O amor foge-nos, e ficamos com a moldura vazia. Aqueles que sabem que não sabem são os simples; eles vão longe, pois não transportam o fardo do saber psicológico acumulado." - J. Krishnamurti

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