quarta-feira, 3 de junho de 2015



"Olhava para a última etapa da viagem com um misto de sentimentos. Estava ansioso por apanhar o comboio, mas lamentava que a viagem estivesse a acabar. Não me sentia cansado de andar por ali. Este modo de viajar estava de acordo com o meu estado de espírito. Tinha cumprido as promessas que fizera, para minha paz de espírito: sem prazos, sem encontros sérios, sem planeamento, sem negócios, sem telemóvel, sem comunicações electrónicas. Se alguém perguntasse, estava incontactável. E continuava incontactável. Ninguém sabia que eu estava em Moçambique. Este género de desaparecimento dava-me a sensação de ser um espírito, de ter perdido a substância, como se me tivesse tornado um fantasma sem passar pelo inconveniente de morrer." - Paul Theroux

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