segunda-feira, 13 de julho de 2015



"A crença de que a felicidade permanente não existe está tão disseminada e tão profundamente enraizada que constitui, na realidade, um facto da vida da maioria das pessoas com o qual é difícil lidar. Se aparecer algum santo estrangeiro que clame que não é assim, ninguém acreditará nele ou nela, ou pensar-se-á que essa pessoa é um impostor ou um fenómeno. Como não o fazer? Quem é que já experimentou um só dia de «paz perfeita»? Uma vida inteira assim parece ser um absurdo. 
Temos ouvido dizer que ninguém, no seu juízo perfeito, desejaria uma felicidade constante. O que levanta uma questão interessante. É possível não querer aquilo que, por definição, a pessoa quer?
Será possível dizer «hoje não houve nada que me corresse bem» e ainda assim ser feliz? De facto, é essa a única maneira.
Porque nada vai correr bem, como já deve ter reparado por esta altura. Esta manhã começou tudo outra vez. Há qualquer coisa que se entorna, algumas pessoas que estão atrasadas como de costume, o nosso cabelo nunca está muito bem e depois há o cão do vizinho. Esqueça o ódio e a ganância - há alguma esperança real de eliminar todos os ruídos incómodos, os cheiros, os trabalhos de má qualidade, os produtos demasiado caros, os engarrafamentos no trânsito e a descortesia nas lojas? Então porquê ficar tão agarrado à própria natureza do dia que uma alegria simples se torna impossível? Como diz a canção, «não se pode andar de patins no meio de um rebanho de búfalos, mas pode-se ser feliz se se tiver espírito para isso». A chave é «ter espírito para isso»." - Hugh Prather

Sem comentários:

Enviar um comentário