domingo, 26 de julho de 2015



"Já alguma vez se observou a escolher a chave errada totalmente alheado do que estava a fazer e, apesar de tudo, tentou metê-la na ignição ou na porta de casa? Não estamos a pensar. Ou, mais precisamente, estamos a pensar em vez de estarmos a prestar atenção. Não é que não saibamos qual é a chave correcta, mas, numa espécie de reflexo quase hipnótico, escolhemos aquela que usamos com mais frequência em vez de escolhermos a chave certa. A analogia é óbvia: toda a gente possui a chave certa, mas poucos a usam de uma forma constante. No caso da felicidade, a chave é a concentração mental que falta desenvolver.
Insistimos em fazer tudo de uma vez e desejamos que não seja necessário repetir tarefas. Pensamos que, de alguma forma, com uma leitura casual das escrituras, com uma boa meditação, com a compreensão de alguns conceitos metafísicos ou com o domínio de uma ou duas práticas espirituais, a nossa vida se vai transformar e nós vamos atingir os nossos objectivos. Acreditamos, de facto, que há uma maneira de isto acontecer. Em resumo, acreditamos na magia. Por isso, os nossos primeiros esforços deixam-nos, naturalmente, cansados, derrotados, e rapidamente já não queremos fazer mais nada. E tudo porque esperamos demasiado de nós mesmos.
O mote geral é «fazer pouco e esperar muito», ao passo que a chave para alcançar o progresso genuíno é «trabalhar muito mas esperar pouco». É ao dar, e não por dar, que recebemos. As expectativas atrasam-nos, simplesmente porque o foco do nosso esforço está deslocado. Esquecemo-nos do quão difícil e demorado foi tornarmo-nos infelizes e do quão doloroso foi aprendermos as regras da infelicidade. Reverter a nossa rota pode ser rápido, mas mesmo assim ela tem de ser revertida a pouco e pouco." - Hugh Prather 

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