quarta-feira, 15 de julho de 2015



"O favor e a desgraça parecem alarmantes.
Um estatuto elevado atormenta-te grandemente.

Por que são alarmantes o favor e a desgraça?
Procurar o favor degrada:
alarma quando é obtido,
alarma quando é perdido.

Porque te atormenta tanto um estatuto elevado?
O motivo pelo qual temos tantas preocupações
é por termos o nosso eu.
Se não tivéssemos o nosso eu, que preocupações teríamos?

O verdadeiro eu do homem é eterno,
embora pense: «Eu sou este corpo e em breve morrerei.»
Se não tivermos um corpo, a que calamidades estaremos sujeitos?

Aquele que se vê como sendo tudo
pode ser o guardião do mundo.
Aquele que se ama a si como a todas as pessoas
pode ser o mestre do mundo.

É fundamental sermos independentes das opiniões positivas e negativas das outras pessoas. Quer nos amem ou nos desprezem, se tornarmos as apreciações alheias mais importantes do que as nossas, ficaremos muito atormentados.
Procurar o favor dos outros não é o rumo do Tao. Procurar um estatuto irrompe o fluxo natural da energia divina que tem por destino a nossa mente independente. Nós temos uma natureza essencial que é unicamente nossa: devemos aprender a confiar nessa natureza do Tao e sermos livres das opiniões dos outros. Devemos permitir-nos ser guiados pela nossa existência essencial, o « eu natural» que sustenta a nossa mente independente. Pelo contrário, perseguir um estatuto de favor ou títulos pomposos, para mostrar a importância que nos atribuímos, são exemplos de quem vive a partir de uma mente que depende de sinais externos e não da voz interior natural. O Tao não força ou interfere nas coisas; deixa-as trabalhar, à sua maneira, para produzir resultados naturalmente. Seja qual for o tipo de aprovação que esperamos vir a receber, esta chegará num alinhamento perfeito. Seja qual for o desfavor que recebemos, ele também fará parte de um alinhamento perfeito. Lao Tzu indica, com ironia, que a busca do favor é alarmante, seja qual for o resultado. Se obtivermos esse favor, seremos escravos das mensagens elogiosas vindas do exterior - e, deste modo, será a opinião alheia a dirigir a nossa vida. Se formos desfavorecidos, iremos esforçar-nos ainda mais por mudar o nosso raciocínio e estaremos, também, a ser guiados por forças que nos são externas. O resultado de uma e outra situação é o domínio da mente dependente, por oposição ao Tao. Porque a mente que é independente flui em liberdade em direcção ao Tao." - Wayne Dyer  

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