quarta-feira, 19 de agosto de 2015



"A maior parte das crianças percebe os erros que os respectivos pais estão a cometer, as atitudes e abordagens que dificultam a vida, em vez de a facilitar. «Isto não tem de ser assim» é uma sensação comum na infância de que muitos de nós ainda nos lembramos mais tarde. Uma vez que vêm ao mundo sabendo à partida que somos mais felizes sendo felizes, as crianças reconhecem claramente e resistem com uma persistência surpreendente a ensinamentos irracionais como: é preciso apressarmo-nos (em vez de simplesmente andarmos mais de depressa), é preciso estarmos desanimados à noite (em vez de simplesmente estarmos cansados), é preciso irritarmo-nos com os erros (em vez de simplesmente os corrigirmos), é preciso estarmos insatisfeitos com as situações (em vez de tomarmos medidas no sentido de as mudarmos).
Perspectivas como estas são as janelas através das quais vemos a verdade, com as quais nascemos e que, apesar de nos esforçarmos muito, ficam manchadas pelas imensas distorções que uma criança que necessita de aprovação não consegue evitar absorver. Em vários sentidos, a vida é o processo de limpeza dessas janelas, até que, por fim, vemos com consciência o que anteriormente apenas era sentido através do instinto infantil. A maturidade é não querermos nada, a não ser o que vemos com a pureza do nosso coração." - Hugh Prather 

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