domingo, 18 de outubro de 2015



"Não sei como acabou, nem o que aconteceu. Há inúmeras razões insuficientes, e nenhuma que seja a bastante. Não é sempre assim o amor? Assim como chegou, parte, Não há muito que se possa fazer. Só sabemos que partiu e que quando parte não volta. Pelo menos na mesma forma, pelo menos pela mesma pessoa. Para poder voltar a amar é imperioso deixar morrer o amor. Até ao fim. Até o voltarmos a merecer. O amor detesta repetir-se. Tem de ser sempre o primeiro. E o último. Sabemos que partiu sem ter ficado a saber o que era aquilo que nos mantinha assim juntos, tão de perto, prometendo durar eternamente. Sentimos um vazio tão grande que não conseguimos sair para fora dele, escapar-lhe, voltar a ter um nome que seja nosso. O que sabemos, isso sim, é que são tristes todas as canções de amor. E com toda a razão. Só se canta o amor que partiu, a dor que deixou, a falta. O amor é sempre igual a si próprio. A vida é sempre outra coisa." - Pedro Paixão  

Sem comentários:

Enviar um comentário