quarta-feira, 25 de novembro de 2015



"Estava sozinho e não fazia outra coisa que não encontrar-se a si próprio. Então, desfrutou da sua solidão e pensou em muitas coisas boas durante horas a fio.

Nos centros urbanos há cada vez mais pessoas solteiras e indivíduos que se  sentem isolados. Para evitarem que a solidão se faça ouvir, deixam a televisão ligada durante todo o dia, ligam-se à internet durante horas e horas ou dedicam-se a qualquer outra actividade que dissimule o seu próprio silêncio. Existe, no entanto, uma solidão criativa que proporciona ao indivíduo um enorme caudal de energia positiva. Quando nos desligamos do mundo por algumas horas, estabelecemos uma ligação com o nosso manancial de sabedoria interior. É uma peregrinação ao interior de nós próprios que assusta aqueles que nunca a fizeram.
Habituadas ao ruído do mundo, que faz com que tudo se confunda, muitas pessoas têm medo de estar consigo mesmas. Procuram qualquer forma de se «distraírem» só para evitarem esse encontro íntimo. Mas do que é que queremos distrair-nos? Há alguma coisa que devêssemos recear?
Talvez se trate apenas de não pensar, depois de adiar as perguntas que precisamos de fazer a nós próprios. A transformação mete sempre medo. E a solidão é, precisamente, a pista de descolagem para as grandes mudanças, o cenário onde nos preparamos para renascer para uma nova viagem vital." - Allan Percy 

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