segunda-feira, 9 de novembro de 2015



"Um homem que se considerasse absolutamente bom seria espiritualmente um idiota.
Se a consciência faz de nós humanos, também a imperfeição é uma característica que nos distingue enquanto espécie. Passamos mais tempo a corrigir os nossos erros - basta ler um jornal para o comprovar - do que a construir algo com valor. Assumir esta característica da condição humana ajuda-nos a ser humildes e, o que é ainda mais importante, faz-nos ter consciência do quanto temos a melhorar. Todo e qualquer fracasso ou erro ensina-nos como podemos fazer algo ainda melhor.
As pessoas inflexíveis que fazem questão de ser perfeitas sofrem perante as consequências dos seus actos imperfeitos. Costumam atribuir as culpas daquilo que corre mal aos outros e perdem as estribeiras quando alguém lhes assinala alguma falha que possam ter cometido.
Não podemos aspirar a ser sempre bons e a fazer sempre tudo bem; basta que estejamos dispostos a fazer hoje um pouco melhor do que fizemos ontem. 
Os japoneses têm uma palavra, wabi-sabi, que define a arte da imperfeição: naquilo que é incompleto, irregular e decrépito existe beleza e vida porque aí está presente o desejo da natureza de se auto-aperfeiçoar." - Allan Percy

Sem comentários:

Enviar um comentário