quinta-feira, 17 de dezembro de 2015



"Até que ponto a atracção física pode desajustar a nossa personalidade, roubar-nos o juízo, aturdir-nos e fazer-nos estar muito abaixo da nossa própria estrutura psíquica! Não há nada que consiga aprisionar-nos mais do que a paixão exacerbada e descontrolada, não vivida conscientemente e que pode converter-nos nuns cabeças-no-ar e roubar-nos todo o autocontrolo e dignidade. Quando alguém põe toda a sua alma e o seu centro noutra pessoa, e esta não lhe corresponde ou o «abandona», então o não-correspondido sente-se como uma alma penada, incapaz de encontrar consolo em lado algum, de maneira alguma, para sua grande perturbação... a menos que encontre estados de paz interior e reconfortante sossego. Se a pessoa que tanto atrai, que magnetiza ou fascina de tal maneira, se afasta, o indefeso enamorado sente-se como que sem alma, sem identidade própria, vítima de um sofrimento atroz e incapaz de se dar conta de que é inútil querer que outra pessoa queira estar com alguém, se não o deseja, e que é preciso vergar o ego e recuperar-se a si mesmo." - Ramiro Calle

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