segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016



"(...) É natural que, se a infelicidade se deve aos outros, o êxtase também se deva aos outros. Mas, então, qual é o seu papel? Você não é responsável nem pela infelicidade nem pelo êxtase - então, qual é a sua função? Qual é o seu objectivo? Você é apenas um joguete que uns fazem infeliz e outros ajudam, salvam e fazem feliz? Será que você é apenas um fantoche e os fios estão nas mãos dos outros? 
Você não está a respeitar a sua própria humanidade; você não se respeita a si próprio. Você não ama o seu próprio ser, a sua liberdade.
Se você respeitasse a sua vida, recusaria todos os salvadores. Diria a todos eles: «Desapareçam! Salvem-se a vocês próprios, que já é o suficiente. Esta vida é minha e eu tenho de a viver. Se eu fizer qualquer coisa de errado, vou ser infeliz; aceitarei as consequências do meu erro sem me queixar.» 
Talvez seja assim que se aprenda - voltando-nos a levantar quando cairmos e voltando a encontrar o caminho quando nos perdermos. Você erra, mas cada erro faz de si mais inteligente; você não vai voltar a cometer esse erro. Se o volta a cometer, significa que não está a aprender. Não está a usar a sua inteligência, está a comportar-se como um autómato.
Eu esforço-me por devolver a cada ser humano o respeito por si próprio, que lhe pertence - e que ele deu a outra pessoa. E a estupidez começa por você não estar pronto para aceitar que é responsável pela sua infelicidade.
Pense bem: você não consegue encontrar uma infelicidade pela qual não seja responsável. Pode ser o ciúme, a raiva, a ganância - mas há algo em si que está a criar a infelicidade.
E já alguma vez viu alguém neste mundo a fazer outra pessoa entrar em êxtase? Isso também depende de si, do seu silêncio, do seu amor, da sua paz, da sua confiança. O milagre acontece - ninguém o faz." - Osho

Sem comentários:

Enviar um comentário