sexta-feira, 29 de julho de 2016




"O equilíbrio vem não só da capacidade essencial de descobrir a harmonia no meio de todas as forças opostas do Universo, mas também da capacidade de as reconhecer e as dominar. O próprio Cosmos é uma acumulação de todas as forças que já existiram ao longo do tempo e do espaço. A luz e as trevas, o bem e o mal, o divino e o diabólico, o santo e o pecador e todas as outras dualidades de energias em conflito que impregnam o Universo constituem o líquido vital que corre nas nossas veias e anima as nossas acções. É o fluxo, e até a colisão entre estas forças e energias, que dá origem à própria vida. A História da civilização humana não passa de mais um testemunho disto mesmo, retratando os contrastes existentes dentro da própria Humanidade. Para cada Gandhi, existe um Hitler. Por cada movimento com raízes no ódio que cresce e acaba por criar um impacto, há outro movimento justo que contrabalança e contrasta com ele. É esta fricção e o subsequente equilíbrio entre forças opostas que lança os fundamentos para a nossa existência continuada. 
Nós próprios somos uma amálgama destas energias e forças. 
Como é que, em consciência, mantemos o equilíbrio dentro de nós próprios e fazemos as nossas escolhas a partir deste domínio da consciência? Como é que agimos com base numa intenção ponderada em vez de reagirmos ao turbilhão de emoções e exigências à nossa volta? Como é que encontramos a paz na nossa vida quotidiana e irradiamos essa paz nas nossas acções? Como é que nos certificamos de que o nosso caminho na vida é evolutivo? 
Para começar a responder, temos de manter a sobriedade. Neste caso, sobriedade significa mantermo-nos centrados e com uma total clareza de espírito. Estarmos centrados na sobriedade dá-nos o poder para tomarmos decisões claras e eficazes.
As verdadeiras experiências de alegria, êxtase e amor só podem acontecer em estados de consciência expandidos ou elevados. Estas experiências advêm de estarmos conectados com o nosso verdadeiro Eu, o Eu transcendente . As características deste Eu transcendente são as mesmas da própria Natureza. O estado natural do Universo é estar em equilíbrio - quer se trate da ecologia, das estações do ano ou dos nossos corpos individuais e do seu metabolismo. Quando algo sai do seu equilíbrio, a Natureza procura espontaneamente restabelecer a harmonia para continuar a evoluir. A única coisa que pode deter este processo de restabelecimento é o facto de o impossibilitarmos, introduzindo no sistema uma toxicidade artificial." - Deepak Chopra 

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