quinta-feira, 18 de agosto de 2016




"Quem sou eu?
O que é que eu quero?
Só ao sabermos quem verdadeiramente somos - para além dos diferentes papéis que desempenhamos nas nossas vidas (pais, filhos, cônjugues, empregados, patrões,etc.) - e ao nos identificarmos com esse Eu transformador é que podemos começar a responder à pergunta do que é que realmente queremos atingir. Os super-heróis conseguem geralmente responder a estas perguntas porque, em primeiro lugar, já estão em contacto com o seu verdadeiro Eu, que transcende os seus egos individuais e, em segundo lugar, porque agem tendo em vista o bem maior e um mundo mais sustentável e feliz. No entanto, até os super-heróis podem por vezes perder o seu rumo. 
Pense nisto no seu próprio contexto. Muitos de nós perdem de vista a sua verdadeira identidade, associando-a a coisas materiais. Definimo-nos através das roupas que vestimos, do carro que conduzimos ou da casa onde vivemos. Somos consumidos pelas buscas diárias que revestem o nosso ego - que o fazem sentir-se alternadamente pobre (devido à falta de coisas materiais) e cheio de uma fanfarronice falsa e um poder superficial (devido à acumulação de coisas materiais).
Assim sendo, sentimo-nos desligados da parte mais profunda da nossa identidade. Esquecemo-nos desse verdadeiro poder, do Eu transformador que se esconde por baixo da superfície e que está em contacto com os nossos ideais mais elevados, tanto a nível pessoal como planetário. Podemos passar uma vida inteira sem entrar em contacto com essa parte verdadeira de nós próprios e a fonte do verdadeiro poder. Esquecemo-nos de perguntar o que é que realmente queremos da nossa vida e, mesmo que o façamos, a maioria de nós não consegue passar da resposta mais simples. 
A maior parte das pessoas responde à pergunta do que realmente quer dizendo que deseja um salário mais elevado, um carro ou uma casa melhor. Outras, talvez um pouco mais ponderadas, dizem que querem enviar os seus filhos para as melhores escolas, rodeá-los de segurança e recursos e assegurar que eles têm futuros brilhantes. Mas se, à semelhança das crianças, continuarmos a perguntar-lhes «porquê», porque é que querem essas coisas, a maior parte acaba por responder que as quer porque parte do princípio de que atingir esses marcos é o que trará mais felicidade. Neste caso, a felicidade é um estado de satisfação, serenidade, segurança e estima. E ver que aqueles que amamos estão a salvo, seguros, satisfeitos e felizes também nos faz felizes. Por outras palavras, a felicidade é a chave. É o que procuramos, mesmo se criarmos uma elaborada caça ao tesouro para a atingir.
Embora os bens materiais maiores e mais caros possam ser símbolos de realização e sucesso, e a frequência das melhores escolas ou locais de trabalho prestigiados possa oferecer segurança, são falsos substitutos da verdadeira felicidade. As conquistas materiais e os símbolos de prestígio são antídotos que utilizamos contra os males que o ego nos causa. A felicidade em si e a busca dela, ajudando os outros a atingi-la, são qualidade do Eu superior. Ao acedermos e ouvirmos os nossos Eus superiores, começamos a compreender o que realmente queremos. Somos relembrados de que a felicidade é uma maneira de estar que alcançamos da melhor forma dando-a e recebendo-a alternadamente. 
Quando têm de lidar com desafios sérios, algumas pessoas reagem com medo, ao passo que outras se sentem encorajadas. E a coragem é, afinal de contas, uma qualidade que deriva do à-vontade com a incerteza. As pessoas que estão confortáveis com a incerteza e não se sentem intimidadas pelo momento raramente têm medo e nunca permitem que seja esta a emoção predominante a servir de base às suas decisões.
Quais são os maiores medos na sua vida? Os medos advêm geralmente de traumas de infância, de sentimentos de abandono ou vulnerabilidade não resolvidos. O medo do fracasso, por exemplo, é muito comum - não corresponder às expectativas no trabalho ou nos relacionamentos. Qualquer que seja o caso, o medo é sempre o maior obstáculo que nos impede de aceder à verdadeira fonte do nosso poder.
Existe um poder enorme na intrepidez - a oportunidade de experimentar verdadeiramente o mundo tal como ele é, sem pré-requisitos, expectativas ou necessidade de validar cada momento através da imposição de um juízo de valor sobre ele." - Deepak Chopra

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