domingo, 15 de outubro de 2017





"Na sociedade, nas empresas, nos grupos e também nas famílias, há pessoas invisíveis, que não existem aos olhos dos demais. Empregados que nunca ninguém saúda de manhã, vigilantes de estabelecimentos que vêm passar as pessoas ao seu lado sem que estas tenham sequer um gesto de cordialidade, amigos dos quais ninguém se lembra na altura de organizar um jantar... Resumindo: pessoas que parece que não existem. E ser invisível aos olhos dos outros é uma das experiências mais duras que alguém pode viver. 

Reconhecer a presença das pessoas invisíveis é uma considerável contribuição positiva para a balança emocional, uma vez que significa, nem mais nem menos, fazer delas pessoas. Pessoas valiosas e dignas da nossa atenção e do nosso apreço.

Todos temos pessoas à nossa volta que, sem querer, tornamos invisíveis, e basta uma pequena conversa, algumas palavras ou um simples gesto para que elas deixem de o ser. Basta fazê-las ver que existem, que não passam despercebidas aos nossos olhos e que nós nos apercebemos de que, naquela manhã, estão com boa cara ou má cara ou de que, naquela noite, tudo está bem ou algo se passa com elas.

Vivemos numa sociedade com pressa, com hiperactividade, com muito para fazer e pouco tempo para o fazer. Mas não nos devemos esquecer da pequena comunicação diária que reconhece e dá valor à presença dos outros. É extremamente valioso em termos de balança emocional (além de também ser um sinal de boa educação) saudar todas as pessoas ao entrar no escritório e despedir-se delas ao ir embora.

Há sempre uma palavra que podemos dizer e que faz com que nos agradeçam profundamente por isso. Uma palavra que reconhece o outro e o valor daquilo que faz. Uma palavra ou, por vezes, um gesto. Porque há gestos que descrevem melhor do que as palavras os sentimentos que queremos expressar." - Ferran Ramon-Cortés

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