domingo, 19 de novembro de 2017





"A mudança é difícil para todos nós. Quanto mais velhos somos, mais mudanças enfrentamos. Qualquer mudança envolve perda e, sempre que perdemos algo, ansiamos por tê-lo de volta. Tudo o que perdi na minha vida - coisas grandes e pequenas - desejei logo tê-las de volta.

É por isso que as fases de transição são duras. Esses objectos de transição dão-nos a ilusão de segurança. Quando desaparecem, somos deixados com a insegurança que sempre existiu. Quase tudo a que nos afeiçoamos, acabamos por perder: os teus bens, as pessoas que amas e até a tua juventude e saúde. Sim, cada perda é um golpe. Mas também é uma oportunidade. Há um ditado Sufi antigo que diz "Quando o coração chora pelo que perdeu, a alma festeja pelo que ganhou."

Por isso, quando sentires a dor da perda, não te agarres a algo que pareça afastá-la. Limita-te a ter fé de que a dor, tal como tudo o resto, é temporária. Ao enfrentá-la, vais aprender sobre a tua capacidade de lidar com a adversidade. Vais aprender a lidar com o stress. Vais sentir-te orgulhoso. Do outro lado da dor, vais descobrir algo sobre quem és.

Recentemente, uma amiga minha disse-me que tinha tantos problemas na sua vida, que se sentia a viver num pesadelo e não sabia o que fazer. Eu disse-lhe para ela procurar a paragem do autocarro e esperar que ele chegasse! Ela olhou para mim, como se eu tivesse enlouquecido! Eu expliquei-lhe que todas as emoções são temporárias e que podemos esperar que elas passem, como se estivéssemos à espera de um autocarro. Podemos ficar à espera com frustrações, raiva ou armados em vítimas, mas isso não fará com que o autocarro chegue mais depressa! Também podemos esperar com paciência e descontracção, mas nem assim o autocarro é mais rápido! Tal como todos os autocarros, chega quando chega. Só temos de ter esperança de que vem a caminho. 

Tudo é temporário - sensações boas, sensações más, chuchas e desespero. Mas talvez eu não precise de te dizer isso." - Daniel Gottlieb

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