quinta-feira, 9 de agosto de 2018





"Qualquer tipo de conflito - físico, psicológico, intelectual - é uma perda de energia. Por favor, é extremamente difícil compreendermos e libertarmo-nos disto, porque a maioria de nós é educada no sentido da luta, do esforço. Quando estamos na escola, é esta a primeira coisa que nos ensinam - a esforçarmo-nos. E essa luta, esse esforço é carregado pela vida fora - ou seja, para se ser bom é preciso lutar, combater o mal, resistir, controlar. Portanto, em termos educacionais, sociológicos, religiosos, os seres humanos são ensinados a lutar. Ensinam-nos que para encontrarmos Deus temos de trabalhar, ser disciplinados, praticar, torturar a nossa alma, a nossa mente, o nosso corpo, negar, suprimir; que não devemos olhar; que devemos lutar, lutar, lutar no assim chamado nível espiritual - que não é de todo o nível espiritual. Então, em termos sociais, está cada um por si, pela sua família.

... Portanto, em todo o lado, estamos a desperdiçar energia. E esse desperdício de energia é, na sua essência, conflito: o conflito entre «devo» e «não devo», «tenho de» e «não tenho de». Uma vez criada a dualidade, torna-se inevitável o conflito. Assim, temos de compreender todo este processo da dualidade - não que não exista o homem e a mulher, o verde e o vermelho, a luz e a escuridão, o alto e o baixo; tudo isso são factos. Mas no esforço que envolve esta divisão entre facto e ideia, ocorre o desperdício de energia." - Jiddu Krishnamurti

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