sexta-feira, 23 de janeiro de 2015



"A dependência é uma força sempre obscura e doentia, uma alternativa que, mesmo que deseje ser justificada por milhares de argumentos, acaba irremediavelmente por nos conduzir à atitude imatura e irresponsável daqueles que não pegam nas rédeas da sua própria vida.
Não me refiro a pessoas transitoriamente em crise nem a feridos ou doentes. Não falo dos verdadeiramente incapacitados, nem daqueles que sofrem de um certo grau de debilidade mental. Não me refiro a crianças pequenas nem a jovens imaturos.
Todos eles vivem, com toda a certeza, em maior ou menor grau de dependência, mas nada existe de mal ou de terrível nisso, porque eles não possuem, naturalmente, a capacidade ou a possibilidade de o fazer de outro modo. Mas já os adultos que preferem depender dos outros, trata-se de outra história. Por comodidade, descuido, especulação ou seja pelo que for, continuam a depender de outrem ou de toda a gente, criando às vezes circuitos sem retorno. Defendo sempre que o meu melhor argumento para não justificar a dependência é o facto de não desejar dar aval à imbecilidade." - Jorge Bucay

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