terça-feira, 17 de março de 2015



"Um dos principais componentes do perdão é a tolerância, mas a tolerância não está na moda; de facto, infelizmente, confunde-se muitas vezes TOLERÂNCIA com FRAGILIDADE.
Em muitos domínios, a mensagem dominante é a de que a tolerância é própria de pessoas ingénuas. Segundo este argumento, aqueles que querem triunfar devem adoptar um papel mais duro, mais agressivo e menos... humano. Ouvimos com frequência muitos adultos e demasiados pais a dizer aos seus filhos que têm de ser fortes - fortes no sentido de não mostrarem fragilidade, de não serem vistos como vulneráveis -, sem se darem conta de que muitas crianças, inclusive adolescentes e jovens, confundem fragilidade com SENSIBILIDADE.
As consequências deste erro são trágicas. Cada vez mais pessoas pensam que as emoções são perigosas, que têm de ser insensíveis perante o que acontece aos outros, que a empatia, o procurar pôr-se no lugar dos outros, é um perigo que devem evitar, porque pode fragilizá-las. A partir destas premissas, deduzem que é necessário ter muito cuidado com os sentimentos mais profundos, como o carinho ou o afecto que podemos sentir em relação a algumas pessoas, porque isso torna-as mais vulneráveis. E concluem que uma pessoa «HUMANA», que mostre sensibilidade, é uma pessoa FRÁGIL.
A essência da pessoa radica na sua humanidade. A sensibilidade e a tolerância serão as nossas melhores bússolas no trajecto da vida." - María Jesús Álava Reyes

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