sexta-feira, 22 de maio de 2015



"O pensamento, com o seu conteúdo emocional e sensitivo, não é amor. O pensamento impede, invariavelmente, o amor. O pensamento baseia-se na memória, e o amor não é memória. Quando pensamos sobre alguém que amamos, esse pensamento não é amor. Podemos recordar os hábitos de um amigo, os seus gestos, idiossincrasias, os incidentes agradáveis e desagradáveis da relação com ele, mas as imagens que o pensamento evoca não têm a ver com o amor. Pela sua própria natureza, o pensamento separa. A noção de tempo e espaço, de separação e dor nasce do processo do pensamento, e só quando este cessa é que pode existir o amor.
O pensamento alimenta inevitavelmente o sentimento de posse, dessa possessividade que, consciente ou inconscientemente, cultiva o ciúme. É óbvio que, onde há ciúme, não existe amor; no entanto, para muita gente o ciúme é uma indicação de amor. O ciúme é resultado do pensamento, é a reacção do conteúdo emocional do pensamento. Quando o sentimento de possuir, ou de ser possuído, é bloqueado, há um tal vazio, que a inveja toma o lugar do amor. É por o pensamento desempenhar o papel do amor, que surgem tantas complicações e mágoas." - J. Krishnamurti

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