sábado, 20 de junho de 2015



"Estamos condicionados de molde a procurar a justiça na vida e, quando esta não aparece, tendemos a sentir ira, ansiedade ou frustração. Na verdade, seria igualmente produtiva a busca da fonte da juventude ou de outro mito qualquer. A justiça não existe, nunca existiu e nunca existirá. O mundo não é, simplesmente, construído dessa maneira. Os tordos comem minhocas, o que não é justo para as minhocas. As aranhas comem moscas, o que não é justo para as moscas. Os pumas matam coiotes. Os coiotes matam texugos. Os texugos matam ratos. Os ratos matam escaravelhos. Os escaravelhos... Basta observar a Natureza para se aperceber de que não há justiça no mundo. Os tornados, as cheias, as ondas de grande impacto, as secas, todos estes fenómenos são injustos. Esta história da justiça é um conceito mítico. O mundo e as pessoas que o habitam continuam a ser diariamente injustos. Você pode escolher ser feliz ou infeliz, mas isso nada tem a ver com a falta de justiça que observa em seu redor.
Esta não é uma visão amarga da humanidade e do mundo mas sim uma descrição rigorosa da forma como o mundo é. A justiça é, pura e simplesmente, um conceito que quase não tem aplicabilidade, especialmente se faz parte das suas opções relativas à realização e à felicidade. Porém, muitos de nós (demasiados) tendemos a exigir que a justiça seja inerente às nossas relações com os outros: «Não é justo.»; «Não tens o direito de o fazer se eu não posso fazê-lo.»; e «Achas que eu te faria isso?». São estas afirmações que usamos. Exigimos justiça e usamos a falta dela como justificação para a infelicidade. O comportamento neurótico não é a demanda da justiça; esta apenas se torna uma zona errónea quando você se pune com uma emoção negativa quando não consegue descobrir o rasto da justiça que tanto procura em vão. Neste caso, o comportamento autodestrutivo não é a demanda da justiça mas sim a paralisação que pode resultar de uma realidade onde não há justiça." - Wayne Dyer  

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