segunda-feira, 15 de junho de 2015



"Será o amor um ideal brilhante, algo inatingível a que só se chega se certas condições se cumprirem? Teremos tempo para se preencherem todas as condições? Falamos de beleza, escrevemos sobre ela, pintamo-la, dançamo-la, rezamos por ela, mas nós não somos belos, nem conhecemos o amor. Só conhecemos as palavras. Estar aberto e vulnerável é ser sensível; onde há retraimento, há insensibilidade. O que é vulnerável é «inseguro», está liberto do amanhã; o que está aberto é o implícito, o desconhecido. Aquilo que está aberto e vulnerável é belo; aquilo que se fecha é apático e insensível. A apatia, tal como a esperteza, é uma forma de auto-protecção. Abrimos uma porta, e fechamos outra, porque queremos que a brisa fresca passe só através de uma determinada entrada. Nunca abrimos todas as portas e janelas ao mesmo tempo. A sensibilidade não é uma coisa que se consiga através do tempo. Aquilo que é apático, estúpido, nunca pode tornar-se sensível; será sempre apático e estúpido. A estupidez nunca pode tornar-se inteligente. Esta é uma das nossas dificuldades, não é assim? Estamos sempre a tentar ser outra coisa - e a estupidez vai permanecendo." - J. Krishnamurti

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