sábado, 4 de julho de 2015



"O dia foi mágico. Estive com três amigos, separadamente, e aprendi que os amigos podem transformar uma pessoa. O primeiro elevou-me para que eu pudesse ver. Consegui distinguir os pontos em que as coisas se cruzam ou se ramificam, as formas essenciais a aproximarem-se de mim a partir do futuro, novos elementos e consumações, e também os velhos princípios que não devem ser esquecidos. E consegui nomear tudo isto com grande espontaneidade. O meu amigo estava encantado com as minhas ideias, sem se aperceber de que tinha sido ele a dar-me a visão. O meu segundo amigo, ou melhor, uma amiga, transmitiu-me a brandura e a sinceridade. Ela precisava de falar, e falámos durante muito tempo. Agradeceu o meu cuidado quando nos despedimos, mas não me teria reconhecido se eu tivesse tido outra postura. O terceiro amigo transformou-me num palhaço, num brincalhão, num criador de tiradas sarcásticas. Eu não sabia que a minha vida continha tanto absurdo. Ele riu profusamente porque fez de mim um ser risível. Os meus amigos ignoram o que hoje fizeram, porque o fazem frequentemente e com toda a naturalidade. Conto que também eu os inspire a transformarem-se. Assim, nós - cada «nós» em separado - apenas existimos na presença um do outro. Isto é precioso e não pode ser abandonado com leviandade. Trata-se de um conceito a incluir na definição de auto-suficiência." - Hugh Prather

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