sábado, 18 de julho de 2015



"O perdão é muitas vezes um conceito temível, mal usado e mal compreendido.Pergunto até se será um conceito útil para a maior parte das pessoas. Talvez a tolerância e a compaixão sejam ideias mais adequadas, a menos que estejamos a tentar lidar com uma velha amargura ou com uma traição profunda.
O perdão é frequentemente um tipo de arrogância. Nós olhamos de cima para baixo, com piedade, para aqueles que «precisam» de perdão. Usado desta forma, constitui apenas um ataque. Acreditamos também que há um certo comportamento que tem de acompanhar o perdão. Se perdoamos a alguém de quem não gostamos, vamos ter de passar mais tempo com essa pessoa. Não vamos ser capazes de despedir um empregado incompetente. Vamos ter de pagar qualquer pensão que o nosso «ex» exigir.
Para perdoar, você não precisa de fazer nada. É um acto do coração, não do corpo. O perdão genuíno não contém qualquer indício da suposta necessidade de forçar a mente a portar-se bem, a reinterpretar de maneira positiva aquilo que aconteceu ou a raciocinar honestamente. Perdoar é simplesmente devolver qualquer presente sujo que o nosso ego acabou de nos dar. Consiste apenas em desistir de um ponto de vista tacanho e aceitar uma perspectiva mais ampla, mais descontraída. Significa deixar de dar abrigo à infelicidade. Visto desta maneira, o perdão é um processo pacífico.
Há uma premissa de pura verdade que subjaz ao funcionamento de «deixar andar» do perdão. A mente é feliz, de forma inata, até ser moldada para ser de outra maneira. Quando se deixa de usar a mente de uma forma não natural, verifica-se que a felicidade já ali estava, no seu lugar, como o Sol que surge por detrás das nuvens." - Hugh Prather

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