quarta-feira, 12 de agosto de 2015



"Esta é a questão central que continua sem resposta no que diz respeito ao dinheiro: Para que é que ele serve? Achamos que nunca temos dinheiro suficiente, que temos de arranjar mais dinheiro de alguma maneira e que só vamos descansar em paz quando tivermos mais do que o suficiente. Mas quanto é que é «mais do que o suficiente?» E esse conceito tem sequer um significado? O facto é que o destino que desejamos é tão vago que não há maneira de alguma vez lá chegarmos.
No entanto, quase toda a gente tem necessidade de ter pelo menos algum dinheiro. E, assim, o facto de não perguntarmos «para que serve» pode levar ainda a outra predisposição infeliz: a crença de que o dinheiro corrompe, de que na melhor das hipóteses é um mal necessário e de que abandonar o maior número possível de símbolos de prosperidade torna, de alguma forma, a pessoa melhor.
Ao contrário das pessoas, o dinheiro é aquilo que ele faz. Estes pequenos discos de metal e estas tiras de papel são meramente uma maneira de obter algumas coisas exteriores, mas não constituem a única maneira. A sua utilidade ou nocividade não consegue exceder a minúscula gama de coisas que nos pode oferecer. Têm-se feito inúmeras canções e anedotas, assim como ensaios, sermões e livros sobre aquilo que o dinheiro não pode comprar. E é de facto útil reconhecer isso. Grande parte do desapontamento que ocorre devido à procura ou fuga ao dinheiro advém do facto de o associarmos a coisas que não têm nada a ver com ele, como o amor-próprio, a felicidade futura, encontrar uma pessoa que realmente nos ame, ser um vencedor ou, de alguma maneira, sentirmo-nos mais satisfeitos do que os outros." - Hugh Prather

Sem comentários:

Enviar um comentário