domingo, 27 de setembro de 2015



"Todos nós conhecemos pessoas que achamos«difíceis de engolir», que «nos tiram do sério» e que «não conseguimos suportar». Os que despertam em nós uma reacção forte representam algo em nós mesmos de que não estamos totalmente conscientes. Até é bastante útil termos estas pessoas por perto para nos recordarmos de que ainda há trabalho a fazer. Estou certo de que não acredita nisso. Eu também não acredito, mas é verdade.
É claro que não nos serve de nada ter indivíduos à nossa volta que são uma ameaça para nós ou para as pessoas que amamos, porque ninguém tem de suportar esse tipo de perigo. Nem nos traz nada de bom forçarmo-nos a relacionar-nos com alguém que perturba tanto a nossa família, o nosso trabalho ou a nós mesmos, que nos impede de nos concentrarmos. Espero que também fique bem claro que, ao mencionar pessoas que achamos difíceis, não estou a falar da intuição que todos nós temos e que nos permite ver as pessoas desonestas, presunçosas ou cruéis como tal. Nem todos os vilões são uma projecção. Estou apenas a falar de pessoas que pessoalmente  nos irritam, que «nos fazem perder a cabeça» ou «trepar pelas paredes». A projecção encontra-se na nossa reacção, a que se associa a intuição. Podemos perceber que alguém tem «uma característica má» sem o condenarmos. Mas se pensarmos, sentirmos e falarmos de modo reprovador acerca dessa pessoa, podemos estar certos de que estamos a projectar. A reprovação pode parecer bastante sincera, mas é apenas um exemplo do tipo de «sinceridade» que podemos dispensar." - Hugh Prather  

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