sexta-feira, 20 de novembro de 2015



"«A vida é o que fazemos com ela.» - Aforismo Tibetano

Há momentos em que pensamos que a vida não tem sentido. Noutros, quando devemos enfrentar perdas, desafios, crises ou dor, sentimos que a vida é dura, absurda, difícil, esgotante. Mas também temos momentos de alegria, de plenitude, de prazer, de felicidade, em que sentimos, no mais profundo do nosso ser, que a vida vale a pena, que é profundamente bela. Quando isso acontece, podemos pensar que o simples facto de estarmos vivos, de sermos conscientes, é uma dádiva extraordinária. Nesses momentos de graça, parece-nos que tudo se encaixa, que tudo ganha sentido e que a vida é uma oportunidade para aprender, crescer, partilhar e amar.
Mas o que é a vida? Esta pergunta admite, pelo menos, tantas respostas quantos seres humanos existem. Na realidade, estas são infinitas se considerarmos que cada um de nós poderá responder de diferentes maneiras, dependendo do que estivermos a viver no momento em que se nos formula ou nos formulamos a nós mesmos essa pergunta. Provavelmente uma das mais razoáveis que ouvi provém do aforismo tibetano que diz: «A vida é o que fazemos dela». A vida é e será o que fizermos dela, é verdade. E será, sobretudo, o conjunto de significados e de sentidos que decidamos dar-lhe. 
Mas é ainda mais verdade que construir uma vida plena, cheia de sentido, não é tarefa fácil. Argumentos para o pessimismo, para o cinismo ou para a resignação foram, são e serão sempre abundantes. O que nos restaria então se decidíssemos viver de pura inércia, da apatia ou do cinismo? Nada, provavelmente nada mais do que o mau humor, a tristeza, a angústia ou a depressão.
A verdade é que se gostamos de viver as coisas, as coisas são como são; mas se não gostamos, as coisas também são como são. A nossa tarefa será dar-lhes um sinal, uma cor e um sentido. Também, apesar dos contratempos da nossa existência, podemos ter amor e esperança, lutar pela nossa própria dignidade e pela do outro, construir o nosso destino na vontade de servir, criar felicidade para todos aqueles que nos rodeiam e que amamos. A vida é bela, e será bela, se decidirmos por beleza nela, se decidirmos concretizar tudo com que nos comprometemos em cada instante. Talvez seja esse o grande repto da nossa existência.
Porque uma Boa Vida é muito mais que o dolce fare niente e que a simples busca de prazer. Ainda que este desempenhe o seu papel, a beleza da existência, a sua bondade, reside no compromisso que estabelecemos com ela, e este compromisso é, na essência, uma atitude que podemos escolher aqui e agora." Álex Rovira  

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