segunda-feira, 16 de novembro de 2015



"O indivíduo tem lutado desde sempre para não ser absorvido pela tribo. Se enveredar por esse caminho, irá sentir-se muitas vezes sozinho, e às vezes assustado. Mas nenhum preço é demasiado alto para alcançar o privilégio de sermos nós próprios.
Quem verdadeiramente parte à descoberta deve estar disposto a percorrer uma boa parte do caminho sozinho. Há momentos na vida para se ser gregário - a escola, a universidade, com o grupo de amigos, numa relação amorosa - e momentos em que se deve ser capaz de encontrar o seu próprio trilho na floresta das decisões.
Quando empreendemos um caminho de vida a solo, sentimos medo porque, de repente, arcamos com toda a responsabilidade das nossas acções. Não há mais ninguém que possamos culpabilizar se as coisas correrem mal. E, no entanto, sentimo-nos cheios de valor.
Alguns viajantes descrevem a força que se apodera do caminhante que se separa do grupo. Enquanto está com os demais, a sua vontade dilui-se. É só quando toma as suas próprias decisões, com o seu silêncio às costas, que se sente dono do seu destino. De repente, está extraordinariamente atento a tudo o que se passa à sua volta.
É natural que por vezes sinta medo, mas a consciência da sua própria força compensá-lo-á amplamente. Como dizia Nietzsche: «Ser independente é pertença de uma pequena minoria, é o privilégio dos fortes.» - Allan Percy

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