sexta-feira, 22 de janeiro de 2016



"A vergonha ou o medo do ridículo também assenta na crença de que a aprovação dos outros é algo de essencial. A verdade é que não é sequer necessária. É agradável que todos aprovem o que fazemos e o que pensamos, mas na realidade não passa disso: um pouco agradável. A aprovação dos outros não nos traz muito mais do que isso.
Se pensarmos bem, devemos apenas manter um grupo limitado de bons amigos. Talvez cinco ou seis. É difícil ter mais do que isso porque os bons amigos devem ser cultivados, o que implica tempo: telefonar, ajudá-los, combinar actividades conjuntas, partilhar alegrias e tristezas. Consequentemente, apenas nos devemos importar com esse grupo de amigos, porque o resto das pessoas não tem influência sobre o nosso mundo. Deste modo, a opinião dos outros não nos deve importar.
Por outro lado, é importante rodearmo-nos de bons amigos e esses são aqueles que nos amam como somos. Sim! Com todos os nossos defeitos! Com eles, podemos mostrar-nos como somos e eles amam-nos e respeitam-nos na mesma. Por isso também não devemos temer o ridículo quando estamos com eles. Na verdade, é saudável fazer de tonto junto dos amigos e comprovar que isso não tem qualquer influência na qualidade da relação. Recordemos que todos temos valor e que a nossa única qualidade verdadeiramente importante é a nossa capacidade de amar." - Rafael Santandreu

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