quinta-feira, 14 de janeiro de 2016



"Há um momento em que passamos à acção e abandonamos o que foi antes a nossa vida, ou aquilo que antes conhecíamos. Se nos confrontamos com um problema importante, é muito fácil desencorajarmo-nos. É fácil sentirmos: «Ai, ai! Isto ultrapassa-me.» Daí que seja importante mantermos algum exercício espiritual, qualquer que seja - e devemos encontrar o que melhor se nos adequa - como forma de nos mantermos ligados a algo que possuímos e que é maior que os nossos problemas.
Por exemplo, eu tenho a sorte de ter oito netos, sete dos quais crianças pequenas. Aprendi com eles à medida que aprendiam a andar. Eles gatinhavam, mas queriam caminhar porque viam os irmãos mais velhos e os pais a fazê-lo. Sentiam: «Eu também quero!» E era assim que aprendiam a levantar-se e manter-se de pé.
Por vezes, aprisionamo-nos a velhos hábitos que funcionaram no passado, mesmo sabendo que preferíamos criar algo novo e fazer a diferença. Mas se obedecermos a este impulso, haverá um momento em que largamos aquilo que nos parece sólido e seguimos a nossa vontade. Estamos, pois, dispostos a atravessar o abismo entre o que conhecemos e o que vem a seguir.
A princípio, quando adquirimos novas competências, sentimo-nos instáveis e inseguros. Podemos cair como crianças que aprendem a andar. Mas não podemos recuar, e levantamo-nos de novo, damos uns passinhos, avançamos um pouquinho mais e, de repente, miraculosamente, estamos a caminhar. É sempre assim que acontece. Como o sei? Nunca vi um desses miúdos desistir à milésima tentativa e dizer: «Chega. Desisto. Eu simplesmente não nasci para caminhar». 
Voltaram a tentar e conseguiram de novo." - Mary Manin Morrissey 

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