quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016



"O relacionamento só é necessário porque você não consegue estar sozinho, porque ainda não é capaz de meditar. Daí que a meditação seja imprescindível antes de poder amar realmente. Uma pessoa deveria ser capaz de estar sozinha, e apesar disso sentir-se imensamente afortunada. Então poderá amar. Então o seu amor deixa de ser uma necessidade e passa a ser uma partilha. Só então não se é dependente daquele que se ama. Só então conseguirá partilhar e partilhar é belo. 
Se tiver de aprender alguma coisa com os fracassos do amor, então que essa coisa seja tornar-se mais consciente, mais meditativo. E por meditação entendo a capacidade de se ser ditoso sozinho. Muito poucas são as pessoas capazes de se sentirem ditosas sem qualquer razão especial; capazes de simplesmente estarem sentadas caladas e ditosas! Os outros julgá-las-ão doidas, porque a ideia de felicidade é que ela tem de nos vir de uma outra pessoa. Você conhece uma mulher bonita e sente-se feliz ou conhece um belo homem e sente-se feliz. Mas ficar sentado silenciosamente no seu quarto e sentir-se assim tão ditoso, tão feliz? Não deve regular muito bem! Os outros pensarão que você está drogado, com uma pedrada.
Sim, é verdade, a meditação é o LSD primário! É libertar os seus poderes psicadélicos. É libertar o seu próprio esplendor prisioneiro. E você fica tão feliz, nasce no seu ser uma tal festa que não precisa de ter nenhum relacionamento. E, contudo, pode relacionar-se com as pessoas... e é essa a diferença entre relacionar-se e ter um relacionamento. Isto é relacionar-se. Se algum dia a humanidade crescer, amadurecer, será esta a maneira de amar: pessoas que se conhecem, que compartilham, que continuam o seu caminho, uma qualidade não possessiva, uma qualidade não dominadora. De outro modo, o amor torna-se uma corrida ao poder." - Osho 

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