segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016



"Todas as pessoas querem ser extraordinárias. E é isso que o ego procura: ser alguém muito especial, ser alguém único e incomparável. E este é o paradoxo, quanto mais excepcional você procura ser, mais vulgar parece, porque todos andam a correr atrás do extraordinário. É um desejo muito vulgar. Se você se torna vulgar, a própria busca para ser vulgar é extraordinária, porque raramente alguém quer ser apenas ninguém, raramente alguém quer ser apenas um espaço oco, vazio. 
E isso é de certo modo realmente extraordinário, pois ninguém o quer. E quando você se torna comum, torna-se extraordinário e, evidentemente, descobre de repente que, sem o querer, se tornou único.
De facto cada pessoa é única. Se conseguir deixar de andar sempre a correr atrás de objectivos, nem que seja por um único instante, verá que é único. Não há nada a descobrir; já existe. Ser é ser único. Não há outra maneira de ser. Cada folha de uma árvore é única, cada seixo na praia é único; não há outra maneira de ser. Não pode encontrar dois seixos iguais na terra inteira. 
Não é possível existirem duas coisas iguais, portanto você não tem necessidade de ser uma pessoa especial. Basta ser quem é e, de repente, é único, incomparável. É por isso que eu digo que é um paradoxo: aqueles que procuram ser, não conseguem e aqueles que não se importam, de repente alcançam. 
Mas que as palavras não o confundam. Deixem-me repetir: o desejo de ser extraordinário é muito comum, porque toda a gente o tem. Tentar ser único está na mente de toda a gente, e todas essas pessoas fracassam e fracassam completamente.
Como pode você ser mais único do que já é? A singularidade já existe; só tem de a descobrir. Não deve inventá-la; ela está escondida dentro de si. Tem de a expor à existência, é tudo. Essa singularidade não é para ser cultivada. É o seu tesouro. Carregou com ela desde todo o sempre. É o seu próprio ser, o seu próprio âmago. Só tem de fechar os olhos e ver-se a si próprio. Só tem de parar por um momento, e descansar, e olhar. Mas você anda a correr tão depressa, tem tanta pressa de a alcançar que lhe passa ao lado. 
Torne-se vulgar e será extraordinário. Tente ser extraordinário e continuará a ser vulgar." - Osho 

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