domingo, 7 de fevereiro de 2016



"O mundo à nossa volta não é um mundo sentido, é apenas inferido logicamente, racionalmente. A mente diz que ele está presente, mas o coração não é tocado por ele. É por isso que nos comportamos com os outros como se eles fossem coisas e não pessoas. Também o nosso relacionamento com as pessoas é igual ao que temos com as coisas. 
As pessoas não podem ser possuídas. Se tentar possuí-las, matá-las-á, elas tornar-se-ão coisas. Uma pessoa significa liberdade. O nosso relacionamento com os outros não é verdadeiramente um relacionamento «eu-tu»; bem no fundo não passa de um relacionamento «eu-isso». O outro é apenas uma coisa a ser manipulada, a ser usada, a ser explorada. É por isso que o amor se torna cada vez mais impossível, porque o amor significa considerar o outro como uma pessoa, como um ser consciente, como uma forma de liberdade, como uma coisa tão valiosa como nós.
Se se comportar como se tudo fossem coisas, então você é o centro e as coisas existem apenas para ser usadas. O relacionamento tona-se utilitário. As coisas não têm valor em si mesmas. O seu valor reside no facto de as poder usar, de que elas existem para si. Pode relacionar-se com a sua casa. A casa existe para si. É uma utilidade. O carro existe para si, mas a esposa não existe para si e o marido não existe para si. O marido existe para si próprio, a esposa existe para si própria. Uma pessoa existe para si própria; é isso que significa ser uma pessoa. E se deixar que ela seja uma pessoa e não a reduzir a uma coisa, a pouco e pouco acabará por senti-la. De outra maneira não a sentirá. O seu relacionamento continuará a ser conceptual, intelectual, mente a mente, cabeça a cabeça, mas não coração a coração." - Osho 

Sem comentários:

Enviar um comentário