quinta-feira, 30 de junho de 2016




"Adventure is a path. 
Real adventure - self-determined, self-motivated, often risky - forces you to have firsthand encounters with the world. 
The world the way it is, not the way you imagine it. 
Your body will collide with the earth and you will bear witness. 
In this way you will be compelled to grapple with the limitless kindness and bottomless cruelty of humankind - and perhaps realize that you yourself are capable of both. 
This will change you. 
Nothing will ever again be black-and-white." - Mark Jenkins

quarta-feira, 29 de junho de 2016




"Perguntais-me como me tornei louco.
Aconteceu assim:
Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando: “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”
Homens e mulheres riram de mim e alguns correram para casa, com medo de mim.
E quando cheguei à praça do mercado, um garoto em cima de um telhado de uma casa gritou:
“É um louco!”
Olhei para cima, para vê-lo.
O sol beijou pela primeira vez a minha face nua.
Pela primeira vez, o sol beijava a minha face nua, e a minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais as minhas máscaras.
E, como que em transe, gritei:
“Benditos, benditos os ladrões que roubaram as minhas máscaras!”
Assim me tornei louco.
E encontrei, tanto liberdade como segurança na minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido,
pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós." - Khalil Gibran

terça-feira, 28 de junho de 2016




"The person who risks nothing, does nothing, has nothing, is nothing, and becomes nothing. He may avoid suffering and sorrow, 
but he simply cannot learn and feel and change and grow and love and live." - LEO BUSCAGLIA

sábado, 25 de junho de 2016




"Embora muitas pessoas pensem que o amor as libertará da solidão, a verdade é que é a capacidade de estar só que permite a disponibilidade para o amor. 
Quando deixarmos de acreditar que o outro nos vai salvar, quando deixamos de esperar que ele ponha fim às nossas angústias, podem surgir novos laços." - Marie – France Hirigoyen

sexta-feira, 24 de junho de 2016




"Nós próprios, eis a questão da viagem. Nós próprios e mais nada. Ou pouco mais. Pretextos, ocasiões, múltiplas justificações, sem dúvida, mas de facto fazemo-nos à estrada movidos unicamente pelo desejo de nos reencontrarmos, ou mesmo de nos encontrarmos. A volta ao mundo nem sempre basta para atingir este frente a frente. Por vezes nem sequer uma vida inteira. Quantos desvios ou quantos lugares, antes de saber que estamos na presença daquilo que levanta levemente o véu do ser? Os trajectos dos viajantes coincidem sempre, secretamente, com as procuras iniciáticas que colocam a identidade em jogo.

A viagem pressupõe uma experimentação sobre si próprio que remete para os exercícios habituais dos filósofos antigos: o que posso saber sobre mim? O que posso descobrir acerca de mim se mudar de lugar, de orientação e modificar as minhas referências? O que resta da minha identidade quando me liberto das amarras sociais, comunitárias, tribais, quando fico sozinho, ou quase, num meio ambiente quando não hostil, pelo menos inquietante, perturbador, angustiante?" - Michel Onfray

quinta-feira, 23 de junho de 2016




"Quando fores para o trabalho, para a faculdade, para uma festa, não vás com uma postura de procurar algo, conseguir algo, retirar algo do local ou das pessoas. Vai para oferecer, vai para gentilmente entregares às pessoas as qualidades da tua simples presença. Oferece qualquer coisa. Um olhar profundo já é muito hoje em dia. Vai para os lugares e apenas treina olhar tudo com um olhar de abismo. Muitas pessoas precisam só disso: serem olhadas, contempladas suave e lentamente, reconhecidas na sua manifestação mais subtil, tocadas de alguma forma e conectadas com um outro que as transcende e reacende o mistério que as faz viver.

No momento em que te colocas numa posição mendicante, tu entras num mundo de carência, sentes-te incapaz de oferecer algo aos outros e terminas com um olhar que retira e enfraquece a energia de qualquer um ao teu redor. No final do dia, tu continuarás insatisfeito e certamente terás construído relações patológicas com os seres, baseadas na tua carência.

Por outro lado, se adoptares uma postura expansiva e radicalmente aberta, oferecendo a tua existência ao deleite dos outros, tu ages reconhecendo que não tens nada a perder. Não há medo nem hesitação no teu olhar. Sem esperares ou exigires nada dos outros, tu ages desimpedidamente, numa dança subtil no meio das situações. Qualquer solidez ou bloqueio é atravessada pela tua leveza e transparência. Qualquer obstrução é libertada pela presença da tua espontaneidade. Tu apenas sorris e fazes todos sorrirem, ou ainda: tu crias o espaço para que todos possam sorrir.

O teu olhar nem sequer vem dos teus olhos. É não-local, surge em qualquer olho, surge do espaço entre os seres, dos rizomas que os trespassam. Tu ages sem estratégias e crias um raro ambiente no qual cada pessoa se sente livre para igualmente abandonar as suas estratégias e apenas ser. Isso é um alívio para qualquer um.

Quando nos apresentamos como mendigos, quando pedimos por algo, tudo nos é insuficiente, ralo, pouco. No fundo, estamos fechados e por isso acabamos por não ver o que há, sem perceber os tesouros de cada lugar, de cada ser, de cada evento. É o coração contraído que suplica, que pede, que suga. Quando vamos sem nada para pedir, estamos abertos. Tudo nos arrebata. Tudo já é demais e nos enriquece imediatamente. A qualidade viva das coisas faz a nossa visão transbordar de luminosidade. 

No final do dia, nascerá em ti uma alegria sem causas, não condicionada. Não há frustração ou insatisfação. Tu apenas deste o teu melhor e sentes-te em paz. Não interessa se alguém notou, se recebeste elogios ou se tu foste completamente ignorado. Tu ofereceste toda a tua profundidade. Não há presente maior que um homem possa dar." - Gustavo Gitti

quarta-feira, 22 de junho de 2016




"Um dia tu percebes
que o amor é algo que se encontra muito para além de um belo sorriso...
que as coisas simples da vida são também as mais importantes, e que o teu fracasso ou o teu sucesso depende exclusivamente das tuas escolhas.

Um dia tu percebes
que maior parte da tua felicidade é construída por ti próprio, que poucas coisas confortam tanto a dor sofrida quanto o bem que se faz, que sempre se é feliz quando se tem bons amigos, e que quem realmente te merece não te faz sofrer.

Um dia tu percebes
o quanto é bom acordar cedo para ver o Sol nascer!
Percebes que muitos erros cometidos têm a intenção de acertar, e que nas pessoas, assim como num bom perfume, o que vale não é o frasco mas a essência.

Um dia tu percebes
que cada um oferece aquilo que tem e que transborda de dentro de si, que não nos cabe julgar nem punir nada aqui, mas apenas compreender e que o silêncio muitas vezes é a maior sabedoria que podemos expressar.

Num lindo dia tu percebes
Que de certo modo, o Amor é apenas uma maneira de olhar.
Que a felicidade não tem muito a ver com dinheiro ou estatuto.
E que as pessoas mais valiosas na tua vida são justamente aquelas que sempre estiveram ao teu lado.

Um dia tu percebes
que a tua felicidade não deve depender dos outros, mas exclusivamente de ti, e que o mais importante não é que tu encontres alguém que te ame de verdade, mas que tu te ames sempre, imensamente!" - Augusto Branco

terça-feira, 21 de junho de 2016




"Toda a gente nasceu em liberdade, mas morre em cativeiro.
O princípio da vida é totalmente solto e natural, mas depois entra a sociedade, depois entram as regras e os regulamentos, a moral, a disciplina e muitos géneros de treino, e a liberdade e a naturalidade e o ser espontâneo perdem-se.
A pessoa começa a montar à sua volta uma espécie de armadura.
A pessoa começa a tornar-se cada vez mais rígida.
A brandura interior já não é aparente.
No limite do ser, a pessoa cria um fenómeno semelhante a uma fortaleza para se defender, para não estar vulnerável, para reagir, para estar segura, e assim se perde a liberdade do ser.
A pessoa começa à procura dos olhos dos outros, da sua aprovação, da sua negação, da sua condenação, as apreciações tornam-se cada vez mais valiosas.
Os outros tornam-se o critério e a pessoa começa a imitar e a seguir os outros porque tem de viver com os outros." - Osho

segunda-feira, 20 de junho de 2016




"Fizeram-nos acreditar que ‘o grande amor’ só acontece uma vez, geralmente aos 30 anos.
Porém, não nos disseram que o amor não é accionado nem que ele não chega com hora marcada.

Fizeram-nos acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja e que a vida só faz sentido quando encontramos a nossa outra metade.
Nós não fomos informados de que já nascemos inteiros e que ninguém tem que carregar a responsabilidade de completar o que nos falta.

Fizeram-nos acreditar numa fórmula chamada “dois em um”:
duas pessoas pensando e agindo da mesma forma.
Não nos contaram que isso tem um nome,  “anulação”, e que apenas indivíduos com personalidade própria são capazes de ter um relacionamento saudável.

Fizeram-nos acreditar que o casamento é obrigatório e que os desejos fora deste âmbito devem ser reprimidos.

Fizeram-nos acreditar que os bonitos e magros são mais amados. Que só há uma fórmula para a felicidade, a mesma para todos, e que aqueles que fogem dela estão condenados à marginalização.
Nós não fomos informados de que estas fórmulas estão erradas, que elas frustram as pessoas, que as deixam alienadas e que podemos tentar muitas outras alternativas.

Ninguém te vai dizer isso, todos vão ter que descobrir sozinhos.
E aí, quando estiveres realmente apaixonado por ti mesmo, tu serás capaz de ser muito feliz e de te apaixonares por alguém.


Vivemos num mundo onde nos escondemos para fazer amor…
Embora a violência seja praticada em plena luz do dia." - John Lennon

domingo, 19 de junho de 2016





"A solidão não existe.
O que existe é o Universo a retirar todas as pessoas do teu caminho para definitivamente te encontrares com o teu interior.
E o que é que a maioria das pessoas faz?
Continua a fugir.
Uma das formas de fuga é rejeitar a experiência.
«Não gosto nada de solidão», dizem.
Mas a questão não é gostar ou deixar de gostar.
A questão é que a ausência de gente à tua volta está a propor-te uma experiência ainda mais radical e completa.
O retorno ao ambiente mágico do teu interior. E esse ambiente, quanto mais vivido for, mais mágico se torna.
Mas, no fundo, o problema maior é que as pessoas têm medo de si próprias.
Têm medo de «ir lá», têm medo do que vão ver, do que vão sentir.
Basicamente têm medo de sofrer.
E pensam que ir dentro do peito, ao eu mais profundo, as irá fazer entrar em contacto com um sentimento negativo.
Todas as nossas experiências nos levam a crer que o ser humano adora encontrar-se, encontrar o seu ambiente mágico, sentir uma outra disposição para a vida; e como ele muda, tudo muda à sua volta."

sábado, 18 de junho de 2016




"Muitas pessoas ficam tristes ao verem que os seus projectos, os seus desejos, não se realizam. Elas queriam, por exemplo, constituir família, tentaram tudo, mas em vão. Em vez de se atormentarem e de importunarem os outros, elas devem tentar compreender porque é assim. Por certo terão uma resposta. Talvez não tenham sido feitas para essa vida a que aspiram.
Portanto, a Inteligência Cósmica não só as poupou a provações, como as deixou livres para outras actividades.
Há que ver sempre o lado bom daquilo que a Providência nos reservou. Mas os humanos não se questionam; na sua opinião, teria sido melhor de outra forma. Por isso eles estão sempre infelizes, quer sejam casados e tenham filhos, quer não. Sim, a felicidade não depende desta ou daquela situação na vida, mas de uma compreensão correcta das coisas. A verdadeira felicidade está para além das circunstâncias." - Omraam Mikhaël Aïvanhov

sexta-feira, 17 de junho de 2016




"A alma é um vento. 
Pode cobrir mar e terra. 
Mas não é da terra nem do mar. 
A alma é um vento. 
E nós somos um agitar de folha, 
nos braços da ventania." - Mia Couto

quinta-feira, 16 de junho de 2016




"É uma armadilha não querer ver o mal, o julgar que, se todos mantivéssemos dentro dos nossos corações, a inocência, o mundo seria melhor.
Porque o mal é real.
Está nas pessoas e “instituições que reagem com ódio na presença da bondade e, destroem o Bem na medida em que puderem”, através das suas atitudes e políticas injustas.
As pessoas que o olham de frente, apercebem-se da escuridão que o mal, nas suas diversas expressões, pode trazer às suas vidas e à das outras pessoas, e acabam por, ao ter consciência da sua presença, distinguir o certo do errado, e assim celebrar a luz, que é o amor, alcançável e perfeito nas suas imperfeições.
Confissão de indiferença e resignação, é a sombra, que é também escuridão, e não previne uma merecida existência, por se colocar à mercê do mal." - Cristina Simões 

quarta-feira, 15 de junho de 2016




"Estou à espera, não sei bem do quê, mas estou à espera.
Não sei se é de uma pessoa, situação ou acontecimento.
A única coisa que sei é que não vou parar de esperar porque sei que está para chegar.
Não estou ansioso, até porque a ansiedade dá-me a impressão de que o tempo não passa.
Também não sinto medo porque aprendi a viver com aquilo que a vida me dá, não por submissão, mas por acolhimento.
Às vezes, fico triste, mas não zangado, porque só ficaria zangado se achasse que tinha direito a algo e não o recebesse.
No entanto, acalmo-me com a certeza de que só tenho direito ao que me é destinado.
Também sei que o que é para mim é grandioso porque faz parte da minha história, e a minha história é grande, tal como a tua e a de todos, porque é aquela que nos foi atribuída.
Por isso, estou tranquilo e espero sem qualquer tipo de culpa aquilo que está para aparecer.
Não sei o que é, nem quando virá, mas sei que quando chegar vou agradecer por ter chegado." - José Micard Teixeira

terça-feira, 14 de junho de 2016





"O que revela a nossa força não é sermos imbatíveis, incansáveis, invulneráveis.
É a coragem de avançar, ainda que com medo.
É a vontade de viver, mesmo que já tenhamos morrido um pouco ou muito, aqui e ali, pelo caminho.
É a intenção de não desistirmos de nós mesmos, por maior que às vezes seja a tentação.
São os gestos de gentileza e ternura que somente os fortes conseguem ter." - Ana Jácomo

segunda-feira, 13 de junho de 2016




"Cada vez gosto mais de pessoas simples, pessoas que não vivem agarradas a nomes, dinheiro ou relevância social.
Pessoas que me olham como se se olhassem a si mesmas, que sorriem da mesma forma diante de mim e de quaisquer outros.
Pessoas que gostam de pessoas, e que não têm qualquer problema em mostrá-lo.
Pessoas que não se importam com quem fui ou deixei de ser, e que gostam de quem sou.
Pessoas que não julgam nem criticam, não mentem nem omitem.
Pessoas que falam a linguagem dos outros, não para lhes agradar, mas para compreendê-los.
Pessoas que confiam em pessoas, e aceitam as decepções como aprendizagens.
Pessoas que riem dos seus defeitos, e transformam-nos em desafios de mudança.
Mas gosto sobretudo de pessoas, que já aceitaram as suas limitações, já se abriram à sua divindade, e tratam cada pessoa que se cruza no seu caminho, como alguém que possui a arte de abrir o seu coração aos outros, sem medo de sair ferido dessa peleja sem fim." - José Micard Teixeira

domingo, 12 de junho de 2016




"O riso é um dos fenómenos mais misteriosos da existência.
Ele surge espontaneamente quando algo dentro de nós se harmoniza com o todo.
Poucas são as pessoas que percebem que, no momento do riso, a mente pára. 
Sim, é impossível rir e pensar ao mesmo tempo. 
Quando ouvimos uma piada, a nossa mente fica tão concentrada na história, que o turbilhão de pensamentos fica em suspenso por alguns segundos.
E, quando o final chega e o riso vem, a mente entra num estado de completa paralisia.
Muitos mestres espirituais utilizavam este recurso como forma de manter a atenção dos discípulos focada no presente e, consequentemente, fora do padrão habitual da mente, que permanece sempre a viajar entre o passado e o futuro.
O riso, portanto, pertence à dimensão do silêncio, do espaço dentro de nós onde o divino habita. Quanto mais formos capazes de permanecer num estado de relaxamento, totalmente entregues apenas ao momento presente, maiores serão as oportunidades de que o riso surja espontaneamente.
A alegria surge da fonte original do ser, mas a mente faz-nos acreditar que ela só pode resultar de um estímulo exterior.
Por isso, vivemos o tempo todo a procurar fora de nós algo que desperte a nossa capacidade de experimentar o êxtase.
Voltar-se para dentro é a chave para redescobrir o riso espontâneo, natural, que toda a criança traz em si ao nascer." - Elisabeth Cavalcante

sábado, 11 de junho de 2016




"Não estou cansado.
Estou apenas a querer descansar.
O cansaço acontece quando não estou a fazer nada do que gostaria de estar a fazer, ou então quando estou a fazer o que gostaria de fazer, mas mais depressa do que era suposto.
Não é esse o caso.
Quero descansar porque o descanso é-me fundamental quando me apresto a iniciar uma nova jornada. É sempre entre duas jornadas que me remodelo e dou mais um pouco de significado a tudo aquilo com que me identifico.
Mesmo que o quisesse, não poderia fazê-lo de outra maneira.
Não fui feito para correr sem parar.
Não nasci para morrer sem viver.
A vida é uma diversão que não tenciono desperdiçar.
Por isso, descanso para poder prosseguir.
Descanso porque, enquanto o faço, valorizo o sagrado diante do imperfeito, o desvario diante da loucura, o amor diante do medo, e inicio de cada vez a nova jornada muito mais calmo e animado, mais ainda do que quando desisti para sempre do esforço de não desistir.” - José Micard Teixeira

sexta-feira, 10 de junho de 2016




"Os silêncios são das maiores forças do crescimento psíquico. 
Representam tempos de pacificação, de resolução de conflitos, de reencontro, mas também são espaços de abertura, portas abertas à comunicação e ao preenchimento do que existe à nossa volta. 
Surpreendem. 
Marcam. 
Fazem adormecer, tanto quanto fazem sonhar." - Pedro Strecht

quinta-feira, 9 de junho de 2016




"A palavra coragem é muito interessante.
Ela vem da raiz latina cor, que significa "coração".
Portanto, ser corajoso significa viver com o coração.
E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica.
Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles escondem-se.
O caminho do coração é o caminho da coragem.
É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido.
É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser.
Coragem é seguir caminhos perigosos.
A vida é perigosa.
E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos.
A pessoa que está viva, realmente viva, enfrentará sempre o desconhecido.
O perigo está presente, mas ela assumirá o risco.
O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador.
A cabeça é um homem de negócios.
Ela calcula sempre – ela é astuta.
O coração nunca calcula nada." - Osho

quarta-feira, 8 de junho de 2016





"Quando alguém entra na nossa vida de forma emocionalmente intensa, o encantamento que nos envolve leva-nos a olhar um para o outro destacando aquilo que, de momento, precisamos para nos vermos a nós próprios de forma mais completa.
Daí a importância que essa pessoa passa a ter para nós e a falta que sentimos se desaparece.
Precisamos uns dos outros para mais e melhor nos conhecermos e para conhecermos a luz e a sombra que nos fazem ser o que somos.
É através de reacções emocionais que temos face às alegrias ou dores decorrentes das relações com os outros que vamos podendo desvendar tudo aquilo que em nós existe - de positivo e de negativo.
Por exemplo, alguém que repetidamente nos irrita, magoa ou destrói é, com certeza, alguém em quem projectamos um sonho nosso.
Através dessa nossa reacção, a vida convida-nos a reconhecer a existência em nós de uma determinada energia negativa, que por ética ou educação mantemos sob controlo.
Ter a atitude de humildade de procurar descobrir e aceitar a necessidade que inconscientemente nos leva a alimentá-la é o que mais nos faz crescer." - Maria José Costa Félix

terça-feira, 7 de junho de 2016




"Dizem que o amor faz sofrer, mas não é verdade.
O que faz sofrer é a dependência, a indiferença, o egoísmo, a traição, a mentira, a rejeição, a insegurança, a intolerância, a necessidade de controlo, a competição, o ciúme, a posse, a ilusão de poder mudar o outro.
E isso tudo está em cada um, na maneira 'torta' de amar, não no amor.
Quem sente essas coisas confunde e põe a culpa no amor." - Aglair Grein

segunda-feira, 6 de junho de 2016




"A capacidade de estar sozinho é a capacidade de amar.
Isso pode parecer paradoxal, mas não é.
Essa é uma verdade existencial: somente aquelas pessoas que são capazes de estar sozinhas são capazes de amar, de compartilhar, de ir profundamente ao cuidado da outra pessoa, sem reduzir o outro a uma coisa e sem se tornarem viciadas no outro.
Elas permitem que o outro seja absolutamente livre, porque elas sabem que se o outro partir, elas serão felizes como são agora.
A felicidade delas não pode ser tirada pelo outro, porque não foi dada pelo outro." - Osho

domingo, 5 de junho de 2016




"Será que podemos afirmar com toda a segurança, e sem medo de estar a faltar à verdade, que somos felizes? Olhamos à nossa volta e o que vemos? Que planeta é este em que habitamos, escravos da exploração de uns pelos outros, escravos da guerra, do culto da violência, do consumo desenfreado? Olhamos para nós e o que vemos? Que indivíduos somos nós, presos a um sofrimento interior que parece não ter cessação?
Ao longo de milénios, filosofias, igrejas, religiões, ideologias, prometeram a felicidade. Na verdade, é a felicidade que todos procuramos. Qualquer ser, por mais pequeno, invisível que seja, procura a sua harmonia e o equilíbrio na sua existência. Os seres humanos são dotados da condição de tomar consciência do seu sofrimento e portanto agir em conformidade, de modo a que ele cesse de forma radical e irreversível.
Talvez tenhamos chegado ao momento de compreender com o coração que a nossa libertação não depende de qualquer factor exterior ou de qualquer entidade superior a nós. Talvez tenha chegado o momento de assumir a nossa responsabilidade e, com as nossas mãos, coração e mente, principiar o caminho da compaixão, da sageza e do amor. Essa é a Arte da Ética. Uma Espiritualidade Laica." - Frederico Mira George

sábado, 4 de junho de 2016




"De certeza que já encontrou obstáculos e desafios na sua vida. São as experiências - as boas e as más - que fazem de si a pessoa que é. Não há ninguém que não tenha conflitos. Mas é a forma como lida com os problemas que determina a sua personalidade. Pode não se aperceber disso, mas o seu potencial é ilimitado. A sua capacidade de influenciar os outros pode ser mais forte do que pensa. Quer seja no trabalho, em casa, em família ou com os amigos, aquilo que faz e diz produz um impacto nas pessoas que o rodeiam.
A vida consiste em seguir em frente rumo a um futuro melhor. Cabe-lhe a si dar os passos necessários pelo caminho que deseja para si próprio e para aqueles que ama." - Dave Pelzer

sexta-feira, 3 de junho de 2016




"Se consegues manter a calma
quando à tua volta todos a perdem
e te culpam por isso. 
Se consegues ter confiança em ti
quando todos duvidam de ti
e aceitas as suas dúvidas.
Se consegues esperar sem te cansares por esperar
ou caluniado não responderes com calúnias
ou odiado não dares espaço ao ódio
sem porém te fazeres demasiado bom
ou falares cheio de conhecimentos.
Se consegues sonhar
sem fazeres dos sonhos teus mestres.
Se consegues pensar
sem fazeres dos pensamentos teus objectivos.
[…]
Se consegues preencher cada minuto
dando valor a todos os segundos que passam.
Tua é a Terra
e tudo o que nela existe
e mais ainda, 
tu serás um Homem, meu filho!" - Rudyard Kipling

quinta-feira, 2 de junho de 2016




"Não necessitamos de ser mestres, nem santos, sejamos simplesmente pessoas activas com "Alma" nesta grande universidade do mundo. A ciência da Alma não cabe em palavras nem em equações, ela só é entendida e compreendida pela acção da obra feita, quando as coisas passam a estimar-se pela paciência, sacrifício, humildade, desapego, fé, entre outros tantos valores inquestionáveis da vida.
De palavreado creio que está o mundo cheio, quanto a gestos ou a uma acção positiva, esses escasseiam cada vez mais." - Manifesto Para a Elevação da Alma

quarta-feira, 1 de junho de 2016




"Para alcançar a iluminação Zen não é necessário abandonar a vida familiar, despedir-se do emprego, tornar-se vegetariano, praticar o ascetismo ou evadir-se para um lugar tranquilo." A liberdade iluminada do Zen não vive de práticas estranhas, pelo contrário, adapta-se perfeitamente às necessidades contemporâneas e individuais, transcendendo qualquer barreira cultural. Pode ser encontrada no mundo dos homens, estando no mundo sem ser do mundo. Não pode ser concedida nem retirada, e por isso os livros clássicos do Zen não são manuais de doutrina, são escritos que apelam ao despertar da consciência, preparando a mente para a percepção interior da sua própria natureza essencial." - Thomas Cleary