domingo, 31 de julho de 2016




"O primeiro nível da existência é o ser. Isto significa uma consciência centrada. À semelhança dos super-heróis, o nosso objectivo é igualmente encontrarmos a tranquilidade inabalável dentro de nós no meio da turbulência e do caos do mundo à nossa volta. Independentemente da loucura, do stresse e da cacofonia de actividade que irrompe ao nosso redor - quer a nível físico, quer emocional -, temos de encontrar uma forma de nos conectarmos com a tranquilidade que reside no nosso íntimo. 
O segundo nível da existência é o sentir. O sentir é sermos absolutamente precisos nas nossas acções e não nos deixarmos distrair por impulsos tóxicos que nos enfraquecem, como a ira, a hostilidade, a vingança, a inveja e o medo. Existe uma certa frieza neste tipo de centragem em nós próprios. Não é que não se crie empatia, mas termos a consciência absoluta dos nossos sentimentos exige uma precisão disciplinada. Estarmos em contacto com a nossa própria consciência emocional é uma garantia de que todas as intenções que advêm dela também derivam de um equilíbrio emocional. Sentir significa igualmente a abolição da necessidade de termos razão e de sermos importantes. Os super-heróis nunca são arrogantes. 
O terceiro nível da existência é o pensar. A forma mais elevada de pensamento é a criatividade. Isto significa a revelação de que não existe nenhum problema que não possa ser resolvido através da criatividade. Este pensar deve estar em sintonia com os nossos ideais e valores mais elevados, como a verdade, a bondade, a harmonia e a evolução espiritual. Quando as escolhas são deliberadas e se age com base nelas a partir deste estado de centragem emocional, o resultado é transformador e positivo. 
O quarto e último nível da existência é o fazer. Em vários sentidos, é o culminar das três primeiras dimensões da existência e significa sair dessas dimensões mais reflectivas e ter como principal foco a acção. É claro que as acções têm de estar em sintonia com o nosso ser, sentir e pensar. Tal acontece espontaneamente quando somos sensíveis à reacção e estamos determinados e dispostos a correr riscos calculados. Intuitivamente, quando o momento da acção está iminente, sabemos o que tem de ser feito e fazemo-lo de forma impecável e com a intenção de um bem maior, delegando os resultados numa força suprema desconhecida com total desapego. 
Quando estes quatro níveis da existência estão em harmonia entre si, as nossas acções, o nosso comportamento e a nossa presença demonstram-no. Todas as nossas partes - da nossa própria noção de identidade à nossa interacção com os outros e aos nossos contributos para o mundo - se integram e equilibram espontaneamente, e os resultados são reais e substanciais. As decisões surgem sem esforço. As nossas intenções pessoais estão em sintonia com a evolução básica da Natureza e levam-nos a fazer escolhas que nos parecem intuitivamente correctas e que geram sincronicidade ou coincidências significativas. A inteligência universal - ou a inteligência mais profunda e abrangente que anima toda a Natureza, incluindo nós - flui através de nós. As nossas intenções são as intenções do Universo. Quando agimos com base nesta noção de identidade tranquila e constante, não existem resistências que não sejam facilmente ultrapassáveis." - Deepak Chopra 

Sem comentários:

Enviar um comentário