sábado, 20 de agosto de 2016




"Feche os olhos e descubra o silêncio que existe entre os seus pensamentos. Esse silêncio eterno é a verdade que está no cerne da criação e é a sua alma. Quando estamos regularmente em contacto com ele, ligados a ele e o entendemos como a nossa verdadeira essência, atingimos o máximo do nosso poder. Neste vazio, o vazio infinito e absoluto de toda a existência, encontra-se uma nova e luminosa oportunidade para usarmos a força mais poderosa do Universo: o poder do amor e da compaixão. 
Alguns traços de personalidade tornam-se evidentes quando estamos em contacto com o nosso Eu universal.
Somos imunes à crítica, mas receptivos à reacção. Isto significa que, ao nível emocional, psicológico e espiritual, não nos sentimos superiores nem inferiores a ninguém. Não significa que sejamos arrogantes ou pretensiosos, mas que irradia de nós uma confiança e uma dignidade silenciosas que resultam numa intrepidez e prontidão para assumir criativamente qualquer desafio. Também significa que nunca somos vítimas da altivez, sabendo que toda a altivez é uma forma de autocomiseração disfarçada.
Abandonamos a necessidade de aprovação e controlo. Isto significa que as nossas acções não dependem das opiniões dos outros nem estão presas a quaisquer expectativas. Somos motivados pelos nossos instintos fortes e pelos seus resultados evolutivos, não por esperarmos qualquer tipo de recompensa.
Damos poder aos outros, permitindo-lhes que sejam eles próprios. Isto significa que reagimos às pessoas sem pré-requisitos nem ideias pré-concebidas. Aceitamo-las como elas são e não as obrigamos a conformar-se às nossas necessidades e expectativas. Ao fazê-lo, damos aos outros o poder de também exprimirem todo o seu potencial.
O verdadeiro poder não lhe pertence a si nem a mim. Não pode ser contido no corpo de uma única pessoa nem encontrado por acaso através de alguns passos programados. O verdadeiro poder é ser. Ele flui através de nós quando estamos ligados ao presente e à fonte primordial de onde provém toda a experiência, todo o conhecimento e toda a existência e para a qual eles regressam. É o caos contido, um acto de compaixão, graça, empatia ou auxílio que podemos oferecer ao nosso vizinho a qualquer momento. Nenhum acto tem mais poder do que ajudar os outros a levantar-se num momento de desespero, mostrar-lhes o caminho para fora da sua escuridão e fortalecê-los com esperança.
Vivemos numa época muito conturbada, cheia de jihadistas e jingoístas com as suas máscaras de superioridade moral e justiça. Eles escondem-se atrás das tentações, na busca infrutífera do materialismo e na falsa promessa de tribalismo, conduzindo-nos de volta aos nossos egos, ao mundo do «eu» pequeno e do «meu», ao mesmo tempo que nos desconectam da profunda magia e do mistério do Universo à nossa volta.
A verdade é que um herói triunfante reside dentro de todos nós, transbordante de um poder verdadeiro e pronto para reagir com precisão, graça, compaixão e confiança. Só precisamos de lhe dar permissão, estando presentes e conscientes de nós próprios e dos nossos sentimentos. A consequência será confrontarmos o desconhecido e depois ganharmos a capacidade de extrair poder da sabedoria da incerteza. Isto não é um exercício intelectual nem o início de um processo psicológico desconstrutivo.
Acolha cada dia como um novo dia. Um novo dia é a libertação do passado. Deixe ir o passado e todos os seus ressentimentos, ofensas e culpas. Tenha a noção de que guardar rancores «é como beber veneno e esperar que ele mate o seu inimigo». Esteja ciente de que cada escolha é uma decisão entre um ressentimento e um milagre. 
Esteja atento a qualquer tendência para reagir impulsivamente. Quando as pessoas ou as circunstâncias desencadearem em si padrões reactivos habituais, quer sejam de ira, teimosia, medo ou impaciência, pare e observe o seu impulso para reagir até ele desaparecer.
Não ceda ao luxo da distracção. Preste atenção àquilo que é. Oiça e olhe com os ouvidos e os olhos da carne. O seu corpo é um computador ligado ao computador cósmico, ou Universo, e monotoriza tudo o que está a acontecer à sua volta. Ele transmite-lhe sinais sob a forma de conforto e desconforto. Aprenda a decifrar esses sinais. Quando sentir desconforto no seu corpo, pergunte a si mesmo o que se passa e oiça a sua voz interior. A resposta está lá. Ao fazer espontaneamente escolhas evolutivas, o seu corpo sente-se confortável, sem sensações localizadas de incómodo, quase ilimitado e em uníssono com o ambiente, como uma grande bailarina ou um grande atleta. Tudo isto significa ser um bom observador. Oiça com o seu coração. Sinta o que se passa. Oiça com a sua alma. Pare e faça as perguntas que se seguem, depois permita que as respostas surjam espontaneamente: 
O que estou a observar?
O que estou a sentir?
Qual é a necessidade do momento?" - Deepak Chopra

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