terça-feira, 23 de agosto de 2016




"Não escolhi a vida por ser um herói. Na verdade, no princípio, eu tinha a certeza de que, se tivesse coragem, me teria suicidado. Mas hoje sei, cá dentro, que acredito que escolhi a vida, porque é isso que nós fazemos. Quando nos é dado a escolher, escolhemos a vida. 
Esta foi a minha grande revelação. Mas, quando olho para trás, há outra coisa que é igualmente importante. E isso é o dom de perder a esperança. Eu nunca teria escolhido a vida, se tivesse mantido alguma esperança de, um dia, ter a vida que queria. Quando as falsas esperanças foram afastadas, escolhi a vida que tinha. 
Acreditem. Este grande ensinamento nunca teria chegado se não tivesse sido antecedido por aquele momento de "merda... e". Acho que esta é uma verdade para muitos de nós. Temos os nossos momentos de grande desespero. Perguntamos a nós mesmos: "Como é que vou viver com isto?". Só mais tarde, se tivermos sorte, é que percebemos que não há esperança em reclamarmos da vida que tínhamos ontem. Este momento, e os que se hão-de seguir, são a verdade das nossas vidas.
A esperança tem sempre a ver com o futuro. E nem sempre são boas notícias. Às vezes, a esperança pode-nos prender à crença ou expectativa de que algo vai acontecer no futuro e mudar as nossas vidas. Em paralelo, desistir de ter esperança não é um acto de desespero. Desistir de ter esperança pode trazer-nos até este momento e responder a todas as perguntas mais difíceis da vida. Quem sou eu? Onde estou? O que é que isto significa? Então e agora?" - Daniel Gottlieb

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