segunda-feira, 10 de outubro de 2016




"Não são precisas grandes coisas para uma pessoa se mostrar amável. A amabilidade reflecte-se nas coisas simples, que se fazem e dizem sem qualquer motivo em especial: «queres que te traga alguma coisa para beber?», «posso fazer alguma coisa por ti?», «estás cansado?», «o que fizeste é fantástico, admiro-te...»    
Imaginemos cenas amáveis. Lembremo-nos de encontros com pessoas amáveis.
Tenhamos pensamentos amáveis.
Adivinhem o que nos estaremos induzindo a sentir: amabilidade e com ela, paz. E se alguém não tem um sorriso - coitado -, ofereçamos-lhes nós um.
Uma maneira de ser amável com outra pessoa pode ser, simplesmente, mudar de assunto. Saber quando o fazer é uma aptidão social que muitas pessoas felizes possuem. Exercitemos esta habilidade. E sempre que nos sentirmos aborrecidos com alguém e isso nos impedir de sermos amáveis, podemos lembrar-nos das palavras de Marco Aurélio: «Quando estiver irritado por causa do erro de alguém, pense nas faltas semelhantes que, de vez em quando, também comete.»
Pode parecer-lhes um gesto insignificante, sem importância, mas desde há alguns anos - desde que vi como uma ex-colega de trabalho fazia sempre - procuro dizer «tenha um bom dia», ou alguma expressão semelhante, como forma de despedida nessas relações breves e ocasionais que se estabelecem com as pessoas que nos atendem nas bilheteiras do cinema, atrás de um balcão de um café, na caixa de uma loja ou num posto de informações de qualquer tipo. 
Diz muito pouco de nós, os clientes, enquanto seres humanos, diz muito pouco do nosso grau de cortesia, da nossa benevolência, a atitude de surpresa que a maior parte das pessoas que trabalham no atendimento ao público mostram quando recebem um sincero desejo de despedida, em vez de um simples e frio «bom dia» ou, o que ainda é pior, a despedida sem palavras, a que já estão habituadas. Depois da estranheza inicial, a maioria responde com um grande sorriso e um «igualmente». Pelos vistos, o comportamento mais habitual é que, se não vamos obter nada de uma pessoa, não nos damos sequer ao trabalho de sermos minimamente agradáveis. Não vemos razão para fazer algo de modo desinteressado.
Como disse William Penn: «Só espero passar por esta vida uma vez. Por isso, se houver algum gesto amável que possa mostrar, ou qualquer coisa boa que possa fazer por algum dos meus semelhantes, deixem-me fazê-lo agora, e não me peçam para a deixar de fazer ou a adiar, porque nunca mais voltarei a passar por aqui.»" - Clemente Garcia Novella

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