sábado, 5 de novembro de 2016




"Enquanto seres de hábitos, funcionamos muitas vezes em modo automático, agindo de acordo com o que nos foi inculcado pelo meio envolvente ou pela cultura, e esquecemo-nos de que temos o poder de escolher. As rotinas podem facilmente converter-se em atoleiros e, a não ser que estejamos dispostos a tornar a nossa maneira de pensar mais flexível, poderemos ficar presos neles durante anos. 

Porque somos seres de hábitos, costumamos fazer as coisas sempre da mesma maneira, convencidos de que essa é a maneira certa de o fazermos. Então conhecemos e casamos com pessoas que cresceram com outro tipo de hábitos e comportamentos, e que também acreditam que a maneira como fazem as coisas é a mais correcta, e é aí que surgem os problemas. As pretensões, fantasias e memórias que levamos para o casamento fazem-se acompanhar pela nossa maneira «certa e errada» de ver o mundo. Temos opinião sobre tudo, desde a forma como devemos dispor o papel higiénico até ao momento em que devemos limpar a cozinha quando cozinhamos. Um acredita que o balcão existe para acolher todos os electrodomésticos de que precisamos, ao passo que o outro considera que deve estar o mais limpo e vazio possível; um acha que uma toalha pode ser utilizada durante cinco dias seguidos, ao passo que o outro insiste numa toalha limpa após cada banho. (E não vamos sequer falar do local correcto para uma toalha molhada: se ao lado do cesto da roupa ou dentro deste.)

O mais surpreendente é que a maior parte de nós nunca tomou consciência de que podemos questionar as nossas crenças e hábitos. Enquanto seres humanos, temos uma extraordinária capacidade conhecida como escolha. Podemos optar, em qualquer momento, por fazer novas escolhas em relação às nossas crenças, aos nossos hábitos e à nossa maneira de agir. Mas, em lugar de exercitarem essa capacidade, muitos repreendem os companheiros e depressa deslizam para a acusação, a crítica e o ressentimento.

Há uma solução muito simples para este problema. Da próxima vez que estiver prestes a repreender o seu parceiro, coloque-se três perguntas: O que me leva a pensar que ele está errado? Quando é que aprendi a agir desta forma? O que é que acontecerá se eu abdicar do meu ponto de vista (de que ele está errado) e o deixar fazer as coisas à sua maneira?" - Arielle Ford

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