sábado, 18 de fevereiro de 2017





"Já teve a sensação de estar a viver uma fase em que tem sucesso em tudo o que faz, uma sensação de que nada do que faça é mal feito? Um momento em que tudo parecia correr bem? Talvez fosse um jogo de ténis em que todas as bolas atingiam a linha ou uma reunião de negócios em que tinha todas as respostas. Talvez fosse um momento em que se espantou a si mesmo ao fazer algo heróico ou dramático que nunca pensou conseguir fazer. Provavelmente também teve a experiência oposta - um dia em que nada corria bem. Consegue provavelmente lembrar-se de ocasiões em que lhe correram mal as coisas que normalmente faz com facilidade, em que todas as portas estavam fechadas e em que tudo o que tentava fazer dava mau resultado.

Qual é a diferença? Você é a mesma pessoa. Devia ter os mesmos recursos à sua disposição. Então por que é que produz maus resultados numa vez e resultados fabulosos noutra? Por que é que mesmo os melhores atletas têm dias em que fazem tudo bem e depois têm outros em que nem pagando conseguem fazer um cesto ou marcar um golo? 

A diferença é o seu estado neurofisiológico no momento. Há estados habilitadores - confiança, amor, força interior, alegria, êxtase, crença - que originam um forte poder pessoal. Há estados paralisantes - confusão, depressão, medo, ansiedade, tristeza, frustração - que nos deixam impotentes. Todos nós entramos e saímos de estados bons e maus. Alguma vez entrou num restaurante e ouviu uma empregada rosnar: «Qué-que-vai-ser?» Acha que ela comunica sempre assim? É possível que ela tenha tido uma vida muito difícil e que seja sempre assim. Mas é mais provável que ela tenha tido um mau dia, gerindo demasiadas mesas, talvez piorado por alguns clientes. Ela não é má pessoa: está simplesmente num estado em que existe uma terrível ausência de recursos. Se conseguir mudar o seu estado, consegue mudar o seu comportamento. Compreender o estado é a chave para compreender a mudança e atingir a excelência. O nosso comportamento é o resultado do estado em que estamos. Fazemos sempre o melhor que podemos com os recursos que estão disponíveis, mas por vezes damos por nós em estados sem recursos. Eu sei que houve momentos da minha vida em que, enquanto num estado particular, fiz ou disse coisas de que mais tarde me arrependi ou pelas quais fiquei envergonhado. Talvez lhe tenha acontecido o mesmo. É importante recordarmo-nos desses momentos quando alguém nos trata mal. Assim, você cria um estado de compaixão em lugar de fúria. Afinal, quem tem telhados de vidro não deve atirar pedras ao vizinho. Lembre-se: a empregada de mesa e as outras pessoas não são só os seus comportamentos. A chave, então, é apoderarmo-nos dos nossos estados e, consequentemente, dos nossos comportamentos. E se você pudesse estalar os dedos e entrar no estado mais dinâmico e com a maior quantidade de recursos disponíveis, um estado no qual está excitado, seguro do seu sucesso, o seu corpo está a vibrar de energia, a sua mente está viva? Bem, mas pode." - Anthony Robbins 

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