quinta-feira, 9 de março de 2017




"Num mundo em que a grande maioria imita modelos estabelecidos, corre-se o risco de uma pessoa se perder a si mesma. As normas, os clichés que formam o nosso mundo têm muitas maneiras de se infiltrarem no nosso dia-a-dia para que os aceitemos sem saber. São uma forma de controlo por parte do sistema. 

A melhor maneira de controlar as pessoas é uniformizá-las - no sentido amplo e não só estético da palavra - sem que elas se apercebam.

Encontrar uma rotina própria agradável, fazer pazes consigo mesmo, é descobrir o sentido da própria vida, o nosso lugar no mundo. 

Quando procuramos fora o que deveríamos encontrar dentro, fazemo-lo movidos pela insegurança. 

Hesse dizia: «Confiança tem-na a pessoa simples, sã, inofensiva, a criança, o selvagem. Nós, que não fomos simples nem inofensivos, tivemos de encontrar a confiança dando uma volta. A confiança em ti mesmo é o começo [...] O deus em que devemos acreditar está no nosso interior

Quando uma pessoa cresce rodeada de exigências externas, de limites e de medo, dificilmente confiará em alguém, nem sequer em si mesmo. Nunca poderá amar-se verdadeiramente e, portanto, nunca será capaz de encontrar esse deus interior.

Quem não se atreve a ver o seu interior e conhecer-se, dificilmente poderá compreender o sentido da sua vida e acabará esvaziando-a de significado. Esvaziar-se-á ele próprio de significado. Transformar-se-á numa cópia do estabelecido, do imposto; numa sombra." - Allan Percy

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