quarta-feira, 8 de março de 2017




"A crença não é mais do que um estado, uma representação interna que governa o comportamento. Pode ser uma crença muito forte - uma crença de que seremos bem sucedidos em algo ou que alcançaremos algo diferente. Pode ser uma crença incapacitadora - uma crença de que não conseguiremos ter sucesso, de que as nossas limitações são claras, intratáveis e esmagadoras. Se você acreditar no sucesso, terá a capacidade de o atingir. Se acreditar no fracasso, essas mensagens tenderão a fazer com que também o experimente. Lembre-se: quer diga que consegue fazer uma coisa quer diga que não consegue, você tem sempre razão. Ambos os tipos de crença têm grande poder. A questão é: que tipo de crença é melhor ter e como é que a desenvolvemos?

O nascimento da excelência começa com a nossa tomada de consciência de que as nossas crenças são uma escolha. Normalmente não pensamos nelas dessa forma, mas as crenças podem ser uma escolha consciente. Você pode escolher crenças que o limitem ou crenças que o apoiem. O truque é escolher as crenças que conduzem ao sucesso e aos resultados que você quer e descartar aquelas que o retêm.

O maior falso juízo que as pessoas frequentemente cometem acerca das crenças é de que se trata de um conceito estático e intelectual, um entendimento divorciado da acção e dos resultados. Nada podia estar mais longe da verdade. A crença é a porta de entrada para a excelência, precisamente porque não há nada de divorciado ou estático nela.

É a nossa crença que determina quanto do nosso potencial conseguiremos utilizar. As crenças podem ligar ou desligar o fluxo de ideias. Imagine a situação que se segue. Alguém lhe diz: «Vai-me buscar o sal, por favor.» Quando caminha para a sala ao lado, você diz: «Mas eu não sei onde é que está.» Depois de procurar durante alguns minutos, você diz: «Não consigo encontrar o sal.» Então, a outra pessoa vai ter consigo, tira o sal da prateleira que está mesmo à sua frente e diz: «Olha, ceguinho, está mesmo à frente do teu nariz. Se fosse cão mordia.» Quando você disse «Não consigo», deu ao cérebro uma ordem para não ver o sal. Em psicologia, chamamos-lhe escotoma. Lembre-se: qualquer experiência humana, qualquer coisa que alguma vez lhe tenha sido dita, que tenha visto, ouvido, sentido, cheirado ou provado fica armazenada no seu cérebro. Quando você diz, congruentemente, que não se consegue lembrar, está certo. Quando diz, congruentemente, que consegue, dá ao seu sistema nervoso uma ordem que abre a via para a parte do seu cérebro que, potencialmente, pode entregar as respostas de que você precisava.

Qualquer afirmação que você faça é datada e refere-se ao momento em que é feita. Não é uma afirmação da verdade universal. É verdade apenas para uma determinada pessoa num determinado momento. Está sujeita à mudança. Se tem sistemas de crenças negativos, já devia saber que tipos de efeitos nefastos eles têm. Mas é essencial perceber que os sistemas de crenças não são mais imutáveis do que o comprimento do seu cabelo, o seu gosto por um determinado tipo de música, a qualidade da sua relação com uma pessoa em particular. Se guia um Honda e decide que seria mais feliz com um Chrysler, um Cadillac ou um Mercedes, está no seu poder mudar.

As suas representações e crenças internas funcionam, em grande parte, da mesma maneira. Se não gosta delas, pode mudá-las. Todos temos uma hierarquia, uma escala de crenças. Temos crenças nucleares, coisas que são tão fundamentais que morreríamos por elas. São coisas como as nossas ideias sobre o patriotismo, a família e o amor. Mas a maioria das nossas vidas é governada por crenças relacionadas com a possibilidade, o sucesso ou a felicidade, que recolhemos inconscientemente ao longo dos anos. A melhor coisa a fazer é pegar nessas crenças e certificarmo-nos de que elas trabalham a nosso favor, de que são eficazes e habilitadoras.

A vida é mais subtil e mais complexa do que alguns de nós gostamos de pensar. Por isso, se ainda não o fez, reveja as suas crenças e decida quais delas poderá mudar agora e para quê.

A sua realidade é a realidade que você cria. Se tiver representações internas ou crenças positivas, isso acontece porque você as criou. Se as tiver negativas, você criou-as igualmente." - Anthony Robbins

Sem comentários:

Enviar um comentário