domingo, 12 de março de 2017




"Quando uma mudança nos obriga a mudar de estilo de vida, por exemplo, quando nos divorciamos ou nos tornamos dispensáveis, é possível que tenhamos muito pouco a dizer sobre esse processo. O que torna difícil desistir de um comportamento habitual é o facto de termos de o fazer voluntariamente. A mudança não é uma coisa que os humanos gostem de abraçar. Normalmente, preferimos gastar grandes quantidades de energia a tentar garantir que a mudança não nos bata à porta. Portanto, quando se trata de mudar um hábito, precisamos de muita determinação e coragem. 

Nós temos hábitos porque eles nos fazem sentir bem. Por muito prejudiciais que sejam, libertam tensões e trazem alívio e descompressão. É compreensível que não desejemos livrar-nos de uma coisa que nos compensa. Uma pessoa que se magoe a si própria sabe que vai ficar com uma cicatriz, mas as implicações negativas dos seus actos são inferiores à libertação emocional que daí vem.

Porquê mudar de comportamento? Porque não continuar a ressonar, a chegar atrasado, a comer de mais, ranger os dentes, beber chávenas copiosas de café enquanto coça as sobrancelhas ou rói as unhas? Há tanto tempo que o faz e ainda cá está! Para quê o esforço? Conhecia um homem com piores hábitos que viveu até aos 97! Porquê a necessidade de mudança?

Há mudanças que nos são impostas, como um acidente de carro ou um despedimento, mas porque havia de voluntariamente mudar aquilo que não lhe é imposto? Porque a mudança é sinónimo de crescimento." - Ann Gadd

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