domingo, 18 de junho de 2017





"Todos os seres humanos conseguem compreender que «tudo varia em função dos olhos com que se vê», mas esquecemo-nos disso tão depressa! Temos uma cimentada tendência a acreditar, reiteradas vezes, que os factores externos são responsáveis pelo nosso estado de alma. É um defeito de fabrico e a nossa linguagem assim o demonstra. Temos por hábito dizer frases como «Essa tarefa deixa-me frenético», «As críticas do meu filho deixaram-me de rastos», «O João tira-me do sério!»

Ora, tudo isto é falso!

Faríamos bem em trocar estas frases por: «Eu opto por ficar frenético perante essa tarefa», «Eu ponho-me de rastos perante as críticas do meu filho», «Tornei-me uma pessoa tão fraca que até o João me tira do sério».

Porque a verdade é que somos nós que despoletamos as emoções. Basta de atribuir aos demais e ao mundo a responsabilidade por uma infelicidade que é só nossa!

Enquanto não assumirmos a autoria das nossas emoções, não seremos capazes de exercer controlo sobre a mente. Mudando a nossa antiga forma de pensar, despedimo-nos da tensão, dos nervos, da ira, da vergonha e da tristeza excessiva. De que estamos à espera?" - Rafael Santandreu

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