segunda-feira, 21 de agosto de 2017





"Em certa ocasião, organizou-se um grande banquete. Havia um bom número de comensais e saíram enormes travessas com todo o tipo de peixes. O anfitrião pregou:

- Graças aos céus e às suas sábias leis, podemos degustar este tipo de alimentos criados para o homem!

Os convidados assentiram às palavras do anfitrião e todos comeram com muita vontade e grande apetite. O segundo prato era aves e levaram dezenas delas em várias travessas. O anfitrião disse:

- Benditos sejam os céus por terem criado aves para que os homens se possam alimentar com elas.

Os convidados deram razão ao anfitrião. Mas, nesse preciso instante, o seu pequeno filho endireitou-se na cadeira e disse:
- Não concordo nem com o meu pai, nem com nenhum dos seus convidados. Não é verdade que os peixes e as aves tenham sido criados para nós. Os mosquitos chupam o nosso sangue para se alimentarem. E podemos dizer que fomos criados para os mosquitos?

O menino acabava de lhes dar uma bonita lição.

É tão fácil e tão imaturo procurar justificações falsas e atirar as responsabilidades para cima dos outros. Mas ninguém pode fugir às consequências das suas acções e, por muitas justificações e pretextos que possamos dar, somos responsáveis por cada acção e não há maneira de evitar essa responsabilidade. A capacidade do ser humano para fabricar auto-enganos é verdadeiramente surpreendente." - Ramiro Calle

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