sábado, 5 de agosto de 2017





"Nunca nos devemos esquecer de que é através das nossas acções, palavras e pensamentos que temos livre-arbítrio. E se for essa a nossa escolha, podemos pôr fim ao sofrimento e às causas do sofrimento, e ajudar a despertar em nós o nosso verdadeiro potencial, a nossa natureza de buda. Até que esta natureza de buda esteja completamente desperta, e sejamos livres da nossa ignorância, em união com a mente imortal e iluminada, o ciclo de vida e morte não pode cessar. Assim sendo, dizem-nos os ensinamentos, se não assumirmos toda a responsabilidade possível por nós próprios agora nesta vida, o nosso sofrimento será perpetuado não apenas durante algumas vidas mas ao longo de milhares de vidas.

É este conhecimento lúcido que leva os budistas a considerarem as vidas futuras ainda mais importantes do que esta, porque há muitas mais que nos aguardam no futuro. Esta visão a longo prazo determina a maneira como eles vivem. Eles sabem que, se sacrificássemos toda a eternidade por esta vida, seria como se gastássemos todas as poupanças de uma vida inteira numa única bebida, ignorando irracionalmente as consequências.

Contudo, se respeitarmos a lei do carma e despertarmos em nós próprios o bom coração do amor e da compaixão, se purificarmos a nossa mente e formos despertando gradualmente a sabedoria da natureza da nossa mente, então poderemos tornar-nos num verdadeiro ser humano e acabar por alcançar a iluminação.

Albert Einstein afirmou:

"Um ser humano é parte de um todo a que chamamos «universo», uma parte limitada no tempo e no espaço. Ele considera-se a si próprio, aos seus pensamentos e sentimentos, como algo separado do resto - uma espécie de ilusão de óptica da sua consciência. Essa ilusão é um tipo de prisão para nós, restringindo-nos aos nossos desejos pessoais e ao afecto por apenas algumas pessoas que nos são próximas. A nossa tarefa deve ser libertarmo-nos desta prisão ao alargar os nossos círculos de compaixão, de modo a abraçar todas as criaturas vivas e toda a natureza em toda a sua beleza." - Sogyal Rinpoche 

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